Por:

Professores da UnB entram em greve semana que vem

Professores reivindicam reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% | Foto: Fábio Rodrigue Pozzebom

A partir da próxima segunda-feira (15), os professores da Universidade de Brasília (UnB) vão estar em greve. A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária da categoria realizada na tarde da segunda-feira (8). Os professores das universidades federais demandam um reajuste salarial de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% nos anos de 2024, 2025 e 2026.

Ao todo, cerca de 600 educadores participaram da reunião, na qual foram registrados 257 votos favoráveis e 213 contrários à paralisação. Em apoio aos professores, também estiveram presentes representantes do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Sintfub), que estão em greve desde o dia 11 de março, e do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB).

A mobilização dos professores ocorre após o governo federal propor reajuste zero este ano e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026. Em contrapartida, os professores solicitam a equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário, além de um reajuste salarial de 22,71%.

Durante a greve, os serviços essenciais serão mantidos, segundo informou a seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

A Reitoria da UnB emitiu uma nota em que ressalta o respeito ao movimento de paralisação dos professores. "A greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores. A Universidade de Brasília (UnB) tem acompanhado as reivindicações das docentes e dos docentes junto ao governo federal. A UnB respeita e valoriza seus professores, que, juntamente com os servidores técnicos-administrativos, desempenham papel estratégico para que a instituição continue desenvolvendo ensino, pesquisa e extensão de excelência".

A construção da greve nacional unificada mobiliza professores de todo o país. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais já aprovaram as paralisações. Pelo menos dez outras instituições também mostraram apoio ao indicativo de greve, ainda sem definição de data.

Em resposta, o Ministério da Educação (MEC) destacou, em nota, que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias".