Por:

Acervo de documentos preserva história do DF

Carlos Campelo, 71 anos, teve acesso a um ensaio escrito por ele na década de 1970 | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

O acervo do Sistema Integrado de Normas Jurídicas do Distrito Federal (Sinj-DF) reúne arquivos de Brasília publicados desde 1957 no Diário Oficial da União (DOU) e, de 1960 até os dias de hoje, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Estabelecida em 2010, a ferramenta busca catalogar os documentos provenientes de quatro órgãos — a Secretaria de Economia do DF, o Tribunal de Contas do DF (TCDF), a Procuradoria-Geral do DF (PGDF) e a Câmara Legislativa do DF (CLDF). A ideia de reunir os dados veio em 2007, com a criação de um grupo de estudos para discutir a instituição do sistema único.

Nos primeiros meses de 2024, a plataforma atingiu quase um milhão de acessos, um total de 961 mil. No ano passado foram registrados 3.897.258 acessos. O acervo tem sido uma fonte confiável de informações legislativas e históricas para a região desde sua criação. O sistema é alimentado com decretos, portarias, resoluções e instruções, documentos que também são convertidos em histórias e narrativas.

O servidor público aposentado Carlos Campelo, de 71 anos, encontrou, de surpresa, um ensaio escrito por ele sobre Brasília na década de 1970. Publicado em maio de 1970 no DODF, o ensaio veio à tona graças ao Sinj-DF, onde Campelo conseguiu ter acesso ao texto este ano. Na época em que escreveu o relato, ele tinha apenas 17 anos e estudava no Ginásio do Caseb.

Ao revisitar o momento, o aposentado expressou orgulho pela precisão de suas previsões e compartilhou o arquivo com sua família.

"Tenho uma ligeira lembrança desse texto, porque fazíamos muitas redações lá no Caseb. Mas nunca imaginei que tivesse sido publicado. Acho que a professora de português da época gostou e, como estava sendo comemorado o aniversário do colégio, selecionou a minha. Fiquei sabendo só agora, 54 anos depois", afirma Campelo.

A descoberta foi feita durante uma pesquisa de Eliane Oliveira, coordenadora do Sinj-DF, que encontrou o ensaio enquanto explorava os arquivos do sistema. Através do Sinj-DF, ela também identificou Campelo como um ex-servidor do governo distrital.

"Também foi no portal que tive acesso [à informação de] que ele havia se aposentado e ainda que a filha dele também era servidora e que tinha participado de um grupo de trabalho comigo", lembra a coordenadora do sistema.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.