Murillo Samuel Muniz de Jesus foi condenado pelo Tribunal do Júri de Planaltina (DF) pelos crimes de femicídio e porte ilegal de arma de fogo, recebendo uma sentença de 29 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.
O caso remonta a abril de 2023, quando Murillo disparou uma arma de fogo contra a ex-companheira Cristina de Sousa Santos, que já possuía uma medida protetiva contra ele. Testemunhas relataram que Murilo ameaçava Cristina sempre que ela tentava terminar o relacionamento, que começou em 2013, e o casal brigava muito. No dia do crime, o homem foi até a casa da ex com o pretexto de conversar. A filha da vítima chegou a ligar para a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e informou que o agressor estava armado e fazia ameaças contra as duas.
A PMDF informou que o casal discutia na rua, quando os policiais chegaram. Ao se aproximarem, os militares ouviram o autor atirar diversas vezes contra a vítima e dispararam contra ele. Posteriormente, ambos foram levados ao Hospital Regional de Planaltina (HRP), mas Cristina morreu no dia seguinte. Ela havia sido atingida levou tiros nos braços, nas pernas e no tórax.
Apesar de admitir o crime em seu depoimento, Murillo alegou lapsos de memória sobre os eventos. Sua defesa tentou justificar sua ação como resultado de uma forte emoção no momento do ocorrido.
O júri optou pela condenação, destacando a extrema violência empregada por Murillo e o impacto traumático do crime diante de testemunhas, incluindo os filhos da vítima.
O juiz manteve a prisão preventiva de Murillo, considerando a gravidade do crime e a ausência de fatos novos que justificassem sua liberdade enquanto aguarda recurso.
