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Órgão deixa conselho após impasse em MS

O Instituto SOS Pantanal renunciou da posição no Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental Estrada-Parque Piraputanga. A saída da entidade se deve ao uso da MS-450 para o transporte de eucalipto pela empresa Suzano, segundo informado em sua carta de renúncia. O instituto expressou preocupação com a limitação do papel do Conselho Consultivo decorrente na situação.

As manifestações do conselho não surtiram efeito, e a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) autorizou o trânsito dos caminhões carregados pela Unidade de Conservação.

O SOS Pantanal também apontou que a Agesul descumpriu condicionantes da Licença de Instalação e Operação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) durante a pavimentação da via em 2017.

Além disso, o instituto destacou a preocupação com o intenso tráfego, que chega a mais de 20 caminhões por dia, com carga total de até 74 toneladas. Segundo o órgão, o trânsito intenso aumenta os riscos para infraestruturas, vidas humanas e animais.

O instituto, sem fins lucrativos, se colocou à disposição para esclarecer seu posicionamento sobre a utilização da APA Estrada-Parque. Vale ressaltar que o trânsito de caminhões se deve ao contrato da Suzano para a exploração de eucaliptos em uma fazenda da região. A estrada passa por Dois Irmãos do Buriti, Aquidauana e pelo distrito de Palmeiras.

Desde 2022, 99,5% da área destinada à silvicultura em Mato Grosso do Sul é destinada a produção do eucalipto. São 1.181.536 hectares. Juntos, eucalipto e pinus são responsáveis pela cobertura total das áreas cultivadas com florestas plantadas para fins comerciais.

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