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Mato Grosso quer punir quem desmata

No Palácio do Planalto em Brasília, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, defendeu medidas rigorosas para combater o desmatamento ilegal no Cerrado. Entre as propostas de medidas punitivas, o gestor sugeriu a perda de terras para os infratores. Também estiveram presentes na reunião os ministros da Casa Civil, Rui Costa, do Meio Ambiente, Marina Silva, de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro.

A proposta do governador já foi sugerida nas últimas duas Conferências Mundiais do Clima (COPs) e prevê a mesma penalidade constitucional aplicada para crimes como plantio de maconha ou produção de cocaína: a perda de terra. "Ao aplicarmos essa mesma sanção para quem desmata ilegalmente, poderemos erradicar esse crime. Durante a reunião, insisti nisso. Precisamos criar novos instrumentos para combater esse velho e conhecido crime em nosso país", disse.

O governador ressaltou que o desmatamento ilegal não apenas ameaça a biodiversidade do Cerrado, mas também afeta a competitividade do agronegócio. "É um crime ambiental que prejudica a principal atividade econômica do nosso país, e mancha a imagem do Brasil nos mercados internacionais", frisou.

Mendes argumentou que penalizar os infratores é essencial para proteger a maioria. "Prefiro penalizar esses 2% para proteger os 98% que agem dentro da legalidade, e não prejudicar nosso comércio internacional no agronegócio, que é tão importante para a economia", concluiu.

Também estiveram presentes na reunião os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, de Minas Gerais, Romeu Zema, de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e do Tocantins, Wanderlei Barbosa.

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