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Estoque de sangue está em 60% no DF

A epidemia de dengue no Distrito Federal aumentou a demanda por transfusões de sangue. Devido a isso, os estoques de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) estão com 60% do nível ideal para atender às demandas geradas pelas unidades de saúde. Além do aumento da necessidade de transfusões, houve queda no fluxo de doadores.

Segundo o manual do Programa de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, a dengue torna frágil as paredes dos vasos sanguíneos, além de causar uma diminuição na quantidade de plaquetas. Tais fatores geram manifestações hemorrágicas nos pacientes (tendência a sangramento). Para efeito de comparação, pessoas saudáveis apresentam entre 150.000 e 400.000 plaquetas. Na dengue hemorrágica, esse número cai para menos de 100.000 e pode chegar a menos de 10.000, o que caracteriza uma trombocitopenia grave.

Por causa da urgência em receber doadores, a FHB mudou o protocolo e passou a receber doadores entre 14h e 18h, independente de agendamento. No momento, todos os tipos sanguíneos são necessários, e os dos grupos O , O- e AB- são os que estão com níveis mais preocupantes. "Se você já é doador e ainda não veio recentemente, venha; se você nunca doou, mas tem vontade de salvar vidas, agora é o momento", afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores do Hemocentro.

As plaquetas têm validade de apenas cinco dias após produzidas. "Isso também é um fator alarmante, pois precisamos de um movimento maior para manter o estoque de plaquetas estável", completa Kelly. Em fevereiro de 2023, foram feitas 2.316 transfusões de plaquetas em hospitais públicos e unidades conveniadas. Em fevereiro deste ano, o número saltou para 3.101 transfusões.

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