A rede pública de saúde de Goiás realizou a primeira cirurgia cardíaca pediátrica com o uso de um modelo 3D em tamanho real. A equipe do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia (GO), realizou o procedimento com o auxílio do protótipo, que diminuiu em quatro horas a duração da cirurgia. A estrutura foi modelada para salvar a vida de um bebê, de apenas 13 dias de vida, que possuía duas malformações cardíacas complexas.
O procedimento durou apenas duas horas. Antes, sem a tecnologia de impressão, os profissionais demoravam, em média, seis horas para concluir a cirurgia. A impressão foi realizada por uma equipe do Laboratório de Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo da Universidade Federal de Goiás (IPElab/UFG).
O protótipo é uma réplica exata do coração do paciente, produzida a partir de exames de imagem realizados no Hugol. A responsável pela conquista é a médica especialista em imagens de cardiopatia congênita Mayra Barreto, que realizou os exames de imagem e conseguiu apoio para fazer as impressões. O procedimento, considerado de alto custo, foi realizado gratuitamente pela UFG.
"Só foi possível realizar a impressão do coração de forma tão precisa graças à tecnologia em exames de imagem que temos aqui no Hugol. Nosso tomógrafo já era muito bom. Agora, com a aquisição de dois novos tomógrafos ainda mais tecnológicos, o Hugol não fica atrás de nenhum hospital, nem mesmo particular", comparou.
A impressão do coração do bebê leva cerca de sete horas e custa em torno de R$ 150. O custo da mão de obra para esse tipo de trabalho pode chegar a R$ 15 mil. A tecnologia também ajuda na impressão de próteses de partes do corpo.
