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Mato Grosso do Sul oferta serviços a 6,7 mil indígenas

Indígenas de outras comunidades chegaram ao local de ônibus | Foto: Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública e a pasta de Cidadania, do estado do Mato Grosso do Sul, promoveram uma ação para levar serviços essenciais a mais de 6,7 mil indígenas do município de Paranhos (MS), distante 463 quilômetros de Campo Grande (MS). A iniciativa faz parte da terceira edição do MS em Ação: Segurança e Cidadania, que busca levar atendimentos a comunidades distantes que geralmente são disponibilizados apenas nos centros metropolitanos.

As equipes receberam os indígenas das comunidades Pirajui, Potrero Guassu, Arroio Cora, Sete Cerros e Ypoi na Escola Municipal Pancho Romero, na aldeia Paragaussu. No local, eles emitiram documentos, como carteira de identidade e título de eleitor, e puderam solicitar benefícios junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os indígenas também foram possibilitados de oficializar casamentos e divórcios.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município Paranhos (MS) possui o segundo maior percentual de população de povos originários de Mato Grosso do Sul , com 43,38%. Além dos serviços, os profissionais disponibilizaram cursos de capacitação. Enquanto os pais assistiam às orientações, um espaço dedicado às crianças entreteve os menores, com filmes infantis e brinquedos.

Durante os atendimentos, o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) promoveram atividades lúdicas com as crianças. Segundo o diretor do DOF, Everson Antônio Rozeni, a iniciativa aproxima as forças de segurança da comunidade.

"Em Paranhos fizemos dinâmicas com as crianças, com pinturas e desenhos, para desmistificar a sensação de que o Departamento de Operações da Fronteira é uma força opressora à comunidade indígena. Pelo contrário, é uma força que está para ajudar e para promover segurança pública", explicou Antônio.

A equipe também orientou as mulheres indígenas sobre o combate às diferentes formas de violência.

"Quando falamos das mulheres indígenas, esse diálogo é ainda mais necessário, pois estão mais afastadas do contexto urbano. A construção de ações e políticas públicas respeitando as especificidades locais é primordial", sublinhou Manuela Nicodemos, subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres.

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