O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) afastou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), do cargo por 180 dias. O gestor, que já foi afastado da função em 2021, é acusado de integrar uma organização criminosa que é investigada por cometer desvios de recursos públicos na Secretaria Municipal de Saúde.
A ação foi movida pelo Ministério Público, que a encaminhou ao tribunal. A decisão foi assinada pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva. O documento aponta que o prefeito tem 15 dias para recorrer. Outros integrantes da gestão do município também estão sendo investigados, são eles: o ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues, o ex-secretário adjunto de Saúde Milton Corrêa e o assessor executivo da Secretaria de Governo Gilmar Cardoso também são investigados.
Desde o dia 15 de fevereiro, os agentes do Ministério Público do estado efetuaram uma série de operações para investigar os integrantes do executivo estadual. Entre elas, as operações Capistrum, Sangria, Curare, Capistrum, Overpay, entre outras. As diligências encontraram indícios de fraudes, desvios e superfaturamento, que totalizam um prejuízo de R$ 1,2 bilhão ao município. O documento detalha que o valor foi confirmado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Conforme a decisão do TJMT, o prefeito não pode entrar em contato com os servidores e agentes públicos da prefeitura, sobretudo, os que também estão sob investigação. Além disso, o gestor não pode frequentar as dependências do edifício da prefeitura e órgão municipais.
Em 2021, a Justiça determinou o afastamento do prefeito após uma investigação apontar outro esquema ilegal na Secretaria de Saúde. Na época, ele retornou ao cargo cerca de um mês após recorrer da decisão.
