O Ministério da Saúde se reuniu com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal para apresentar o cenário epidemiológico de dengue no país. Durante o encontro, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, apresentou algumas das iniciativas adotadas pelo governo, como o Dia D de combate à doença - realizado todos os fins de semana. Os gestores também aumentaram a disponibilidade de testes e o acesso às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da região.
"Hoje, por exemplo, o DF conta com mais de 100 mil casos prováveis da doença, e estamos lutando para combater o mosquito", afirmou a gestora, que representou o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) no encontro. "O combate à dengue é um trabalho intersetorial. Quando falo da doença, falo de hábitos de vida, da educação, de todos os cuidados e da prevenção", completou a secretária.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou dos cuidados na prevenção e tratamento da doença. Além disso, ela destacou que o vírus se comporta de maneira atípica, devido a fatores climáticos e às mudanças nos sorotipos circulantes da dengue, ou seja, os tipos existentes da doença. "Temos muitos casos em cidades médias e pequenas, em locais onde antes não havia a doença", alertou. "Isso causa uma interiorização e uma dispersão. Há ainda uma grande incidência de casos do tipo 2 do vírus; cerca de 40% das ocorrências são deste sorotipo. É um fator inédito."
O presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Mohamad, ressaltou o papel dos profissionais de Saúde: "É uma luta que só vamos conseguir combater se trabalharmos juntos. Por isso, é de muita importância a ação dos agentes comunitários e de combate às endemias".