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Goiás pesquisa larva do aedes aegypti

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) revelou a existência de larvas do Aedes aegypti que já saem dos ovos infectados pelo vírus da zika e chikungunya. A pesquisa alerta para a possibilidade da transmissão vertical da doença, quando o vetor de transmissão passa a transmitir o vírus também através dos seus herdeiros. Ou seja, as larvas do mosquito já nascem com o vírus.

O artigo científico foi publicado na revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Os pesquisadores coletaram 1.570 ovos do mosquito em Goiânia, capital do estado. Depois, as amostras foram distribuídas em 157 reservatórios, de acordo com o sexo, já que apenas as fêmeas se tornam vetores da doença, no período reprodutivo dos insetos.

Quando os ovos eclodiram, foi verificado que 20 larvas já nasceram com resultado positivo para a chikungunya e 10 testaram positivo para a zika. Foi comprovado ainda que esses insetos podem transmitir a doença aos humanos. No entanto, o estudo não identificou o período em que o vírus permanece no organismo dos insetos. O resultado da pesquisa revelou um novo risco para saúde pública, no entanto, as medidas de prevenção contra a doença permanecem as mesmas.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, orienta a população a reservar dez minutos por semana para a vistoria e limpeza nas residências, já que 75% dos criadouros do vetor da dengue, chikungunuya e zika estão dentro das casas. Segundo a Secretaria de Saúde, o estado registrou 1.670 casos de Chikungunya apenas neste ano. Quanto aos casos confirmados de zika, já foram registradas 28.041 ocorrências, um aumento de 151% em relação ao mesmo período do ano passado.

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