Um embate entre uma empresa especializada em serviços de saúde e a prefeitura de Cuiabá (MT) tem prejudicado a população local. Isso porque a MedTrauma Serviços Médicos Especializados Ltda suspendeu todas as consultas e cirurgias agendadas no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), depois que o governo estadual rompeu parcialmente o contrato com a empresa.
O acordo foi encerrado porque a empresa é suspeita de fraudar procedimentos ortopédicos em Mato Grosso e em outros dois estados. Mais de 72 consultas consideradas não urgentes e 12 cirurgias deixaram de ser realizadas no (HMC) desde então.
No entanto, a prefeitura do município não informou à população sobre a interrupção das cirurgias. Em um decreto, a gestão municipal informou apenas que a unidade de saúde iria deixar de fornecer órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs). Segundo a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), a MedTrauma comete uma ilegalidade, ao deixar de fornecer os procedimentos.
Por outro lado, a empresa respondeu, em nota, que continua a realizar procedimentos de urgência, mas não vai realizar outros serviços no município em razão do entendimento da equipe jurídica. Segundo essa interpretação, a MedTrauma está "impossibilitad de atuar nas unidades de Cuiabá".
A empresa também solicitou uma reformulação do decreto, pois, segundo a entidade, a MedTrauma não fornece OPMEs, e sim serviços médicos. Além disso, a entidade alegou que a prefeitura suspendeu também o serviço médico ao romper o contrato. A MedTrauma ainda afirmou que "a medida irá prejudicar e impactar diretamente os mais de 400 mil cuiabanos que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS)".
