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Sindicato dos servidores do DF exige reajuste em 2024

Representantes dos servidores ameaçam greve, caso não haja reajuste | Foto: Agência Brasil

Por Mateus Souza

O Sindicato dos Servidores Públicos do DF (Sindsep-DF) se reuniu com todas as entidades que representam os servidores públicos do Executivo federal e montou uma contraproposta ao reajuste que havia sido apresentado pelo governo. O documento foi entregue na quarta-feira (31). Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos do DF (Sindsep-DF) Oton Pereira Neves, a contraproposta teve o aceno positivo da ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A proposta inicial de reajuste do governo previa o aumento dos benefícios dos servidores — como auxílio alimentação, auxílio creche e plano de saúde — mas com reajuste de apenas 9%, em duas parcelas de 4,5%, entre 2025 e 2026. Na prática, segundo o documento, haverá aumento zero de remuneração em 2024 para os servidores. Para o secretário, a proposta provoca os representantes do funcionalismo a reagir.

"A proposta de reajuste zero para 2024, além de reforçar a exclusão de aposentados e pensionistas, desconsidera o arrocho salarial dos últimos anos", sublinhou as entidades representantes dos sindicatos.

Contraproposta

Como contraproposta, os líderes sindicais apresentaram um reajuste que inclui a reposição da inflação registrada durante os governos Temer e Bolsonaro. O grupo um, composto por quem teve um aumento maior, terá reajuste de 34,32%, em três anos — em torno de 10,34% ao ano. O grupo dois terá um aumento de 22,71%, também efetivado em três anos, em parcelas de 7,06%.

"Nós conseguimos reunir todas as entidades que representam os servidores públicos federais e construímos uma contraproposta que acreditamos que é factível para o governo cumprir", contou Oton. A contraproposta solicita uma equiparação dos auxílios ao dos poderes Judiciário e Legislativo que, segundo o grupo, são favorecidos.

Sobre os próximos passos dos grupos sindicais, o secretário afirma que há uma nova mesa de negociação em planejamento.

"Para isso, estamos nos reunindo em assembleia local do trabalho, para explicar o que está acontecendo e preparar a categoria para uma possível greve. Então, essa é a nossa estratégia para sair dessa situação, porque é inaceitável que o funcionalismo ficar sem reajuste".

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