Governo desapropria fazenda no Paraná

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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi, realizaram nesta quinta-feira (29), ato de criação do Assentamento Maila Sabrina, localizado nos municípios paranaenses de Ortigueira e Faxinal, beneficiando 450 famílias.

A cerimônia será realizada na Comunidade Maila Sabrina, às 10h. A criação do assentamento faz parte do programa Programa Terra da Gente, que tem como objetivo acelerar a reforma agrária e estruturar assentamentos em todo o país.

O evento também será marcado por outras entregas, como a destinação de Crédito Instalação Fomento Mulher, no valor de R$ 1,3 milhão, beneficiando 142 mulheres do Assentamento Eli Vive, em Londrina (PR), além de assinatura de contrato de operações do Pronaf A para famílias do Assentamento Eli Vive. Também será assinado Protocolo de Intenções entre o MDA e a Itaipu Binacional para a compra de alimentos da agricultura familiar via modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA-CI)..

O MDA e a Itaipu Binacional ainda firmam acordo para ampliação das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) no âmbito do Acordo de Cooperação "Desenvolvimento de sistemas de arranjos produtivos visando a implementação de territórios saudáveis e sustentáveis com foco na bioeconomia", permitindo a ampliação do atendimento gratuito de Ater para mais de 5 mil famílias agricultoras nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, fortalecendo a geração de renda no campo e a promoção de práticas produtivas sustentáveis.

O imóvel Fazenda Brasileira é ocupado desde 2003 pela comunidade autodenominada Maila Sabrina. As famílias sofreram, ao longo de 20 anos, vários processos de despejos. Em 2023, elas foram cadastradas pelo Incra por meio da Plataforma de Governança Territorial - Campo (PGTCampo).

Antes da ocupação, em 2003, a área de 10.600 hectares mantinha uma criação de búfalos que se encontrava em estado de intensa degradação ambiental em função da atividade. Com a ocupação da Fazenda em 8 de janeiro de 2003 pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Comunidade buscou, de forma organizada, construir espaços de luta e resistência.

Atualmente, a área é ocupada pela comunidade de forma estruturada e consolidada, com aproximadamente 450 famílias que realizam uma grande diversidade de atividades produtivas, entre elas o cultivo orgânico de grãos, hortaliças, verduras e frutas, pequenas criações de animais (caprinos, bovinos, aves e suínos), agroindústrias, serviços públicos e comunitários, eventos culturais e religiosos.