AGU questiona Imprensa Nacional sobre risco de explosão

Informações revelam que o problema teria sido resolvido após alerta do Correio da Manhã

Por Karoline Cavalcante

AGU obteve a informação que a Imprensa Nacional sonegava

A Advocacia-Geral da União (AGU), preocupada com o risco de explosão na sede da Imprensa Nacional, informou ao Correio da Manhã nesta segunda-feira (14) que procurou a Imprensa Nacional para entender melhor o cenário. Por meio de nota, informou que a Neoenergia realizou uma manutenção na subestação elétrica do órgão no dia 5 de outubro. Enfim, graças a AGU, foi obtida a informação que até agora foi solenemente negada pela Imprensa Nacional.

“A Advocacia-Geral da União (AGU) informa que tomou conhecimento por meio da imprensa sobre um suposto problema no transformador localizado na sede da Imprensa Nacional (IN). A Superintendência Regional de Administração da AGU em Brasília obteve a informação, junto à IN, de que uma manutenção de sua subestação elétrica foi realizada pela Neoenergia no último dia 5 de outubro e constatou que o sistema opera em condições seguras, incluindo transformadores e quadros de distribuição”, disse.

De acordo com informações divulgadas pela coluna Magnavita no dia 30 de setembro, foi identificado um risco de explosão na Imprensa Nacional devido a um vazamento de óleo em um dos transformadores antigos da subestação de energia, que é uma instalação elétrica de alta potência. Desde então, a reportagem tentou contato com a instituição nos dias 1° e 10 de outubro. Embora a assessoria tenha confirmado o recebimento da demanda, não houve retorno. Nesta segunda-feira (14), uma nova tentativa foi feita para entender melhor a resolução do problema, novamente sem sucesso.

Riscos

A fim de alertar a população sobre os problemas de segurança na região, o Correio da Manhã detalhou as informações com a ajuda de biólogos, geógrafos e químicos. Eles explicaram que, além do risco de explosão, o vazamento e a vaporização de fluidos hidráulicos contendo o óleo ascarel representam sérios riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Os especialistas ressaltaram a necessidade urgente de medidas preventivas para garantir a segurança das instalações. Devido à idade do equipamento, suspeita-se que o óleo ascarel tenha sido utilizado como fluido de isolamento em um dos transformadores da área.
Nas proximidades da região, estão importantes jornais, escolas, academias, restaurantes, órgãos públicos e outras empresas. A Advocacia Geral da União (AGU), liderada pelo ministro Jorge Messias, estava especialmente vulnerável, pois está localizada a apenas 300 metros da subestação.

Diante deste cenário, a frota de veículos da presidência da República, que costumava usar o amplo terreno da Imprensa Nacional como estacionamento, foi transferida para outra localidade.

Com a suspensão da impressão do Diário Oficial da União (DOU), a Imprensa Nacional perdeu sua principal atividade, tornando-se um vasto armazém de impressoras inativas. Atualmente, a produção gráfica da instituição está majoritariamente paralisada, consumindo apenas 1/5 da energia contratada.