Intensificação de ações para mitigar efeito da seca
Ministra da Saúde, Nísia Trindade, prometeu maior esforço
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou na quarta que vai intensificar os trabalhos da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, diante do atual quadro de secas, queimadas e demais ocorrências geradas pelas mudanças no clima.
A Sala de Situação existe desde junho e tem como objetivo planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas em momentos de urgência.
O excesso de fuligem e fumaça no ar, associado ao clima seco, pode provocar mal-estar a muitas pessoas, em especial crianças e idosos. Especialistas têm apontado preocupação.
Segundo a ministra, a partir dos dados obtidos pelo programa Vigiar, o Ministério da Saúde estabelece as parcerias com os secretários estaduais e municipais de saúde pelo país.
Nísia destacou que, apesar de as recomendações do Ministério de Saúde serem uniformes, existe a necessidade de se observar as especificidades de cada região. "Há uma capilaridade na forma de atuar que precisa ser feita em conjunto com as equipes do estado e dos municípios", disse, durante entrevista do programa Bom dia, ministra.
A ação da Força Nacional SUS, a postos no apoio aos estados e municípios atingidos pelas queimadas, também pode ser intensificada principalmente no reforço das equipes do programa Saúde da Família e nas unidades básicas de saúde.
Durante entrevista, Nísia destacou ainda a ampliação do número de médicos no território Yanomani, com a contratação de 400 profissionais de saúde, como ginecologistas, obstetras, médicos de família, pediatras, infectologias, socorristas e sanitaristas. O investimento foi feito em conjunto pela pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSus).
A ministra citou ainda o lançamento do plano de ação para redução dos impactos das arboviroses. Segundo ela, a dengue ampliou sua escala de presença chegando hoje a cerca de 200 países. "O Uruguai, por exemplo, teve agora uma primeira epidemia de dengue", comentou. A intenção do ministério é, além das estratégicas tradicionais no combate ao mosquito Aedes Aegypti, utilizar novas tecnologias a partir de estudos científicos, como o chamado Método Wolbachia, conduzido pela Fiocruz.
