Por:

Bancos projetam investir R$ 4,7 bi contra fraudes

Além de proteger clientes, previsão é que investimento ajude instituições | Foto: Freepik

Os bancos devem investir neste ano cerca de R$ 4,7 bilhões em cibersegurança, em meio a um esforço conjunto de combate a golpes e fraudes bancárias, que causam prejuízos aos clientes e às próprias instituições financeiras.

Segundo pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), realizada pela organização de serviços profissionais Deloitte, o montante representa 10% do que os bancos brasileiros projetam destinar à tecnologia em 2024, atingindo um total de R$ 47,4 bilhões.

A estimativa foi calculada com base nos valores indicados pelos bancos participantes e mostra que, se concretizada, as instituições terão aumentado em 98% seus investimentos anuais em tecnologia no período de cinco anos.

Em 2019, o montante destinado a essa finalidade foi de R$ 23,9 bilhões, entre investimentos e despesas

A pesquisa ainda aponta que a segurança cibernética é prioridade estratégica para 100% dos bancos entrevistados, que focarão investimentos em arquitetura, infraestrutura e ferramentas especializadas para detecção e respostas a ameaças cibernéticas.

As instituições também pretendem centrar seus investimentos nessa área para gestão de identidades e acessos, treinamento e conscientização dos colaboradores, segurança de computação em nuvem, testes de invasão e criptografia dos dados e informações.

"A indústria brasileira é protagonista do que há de mais inovador em tecnologia bancária e os investimentos feitos pelos bancos ao longo dos anos comprovam o empenho que as instituições têm em trazer anualmente novidades, experiência personalizada para os clientes e 100% de segurança nas operações financeiras do dia a dia", diz Rodrigo Mulinari, diretor responsável pelo levantamento.

Com a rápida popularização dos serviços bancários via smartphone nos últimos anos, os bancos têm recorrido a vários tipos de mecanismos para conter as fraudes bancárias, que acontecem de formas cada vez mais variada, e que costumam passar por ofertas atraentes e infundadas de prêmios ou emprego.

Quando é comprovada que a fraude foi causada por uma falha nos sistemas dos bancos, eles precisam ressarcir os clientes. Mas quando a vítima é engada por criminosos, as instituições financeiras, então, analisam caso a caso.

Por: Stéfanie Rigamonti (Folhapress)