Por: Gabriela Gallo

Lula pede mais diálogo e negociação com o Congresso

Lula pede mais diálogo e empenho dos ministros | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou a última reunião do ano com os ministros do governo, nesta quarta-feira (20). Ele reuniu todos os 37 ministros do governo, com exceção do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que foi representado pelo secretário-executivo, Wolney Queiroz, para anunciar o balanço do primeiro ano de governo. Além dos ministros, também estavam presentes líderes do governo no Congresso e os presidentes de bancos públicos.

No encontro, Lula elogiou a articulação do governo e reforçou a importância do diálogo entre ministros e o Congresso para o ano que vem, afirmando que a negociação com o Legislativo seguirá como foco para o próximo ano.

"A gente vai continuar no ano de 2024 com esse mesmo jeito de governar: conversando com todo mundo. Perde alguma coisa, ganha outra coisa, mas estabelecer como regra extraordinária a capacidade de conversação, a capacidade do diálogo", afirmou o presidente.

"Pobre do governante que acha que pode trocar a mesa de diálogo por uma metralhadora, por um fuzil ou por um canhão. Quando se chega a essa tomada de posição, aí a ignorância venceu a inteligência", ele completou.

Flávio Dino

Na reunião, Lula anunciou que Flávio Dino continuará como ministro da Justiça e Segurança Pública até o dia 8 de janeiro do ano que vem, data em que se completa o aniversário de um ano dos atos antidemocráticos contra a sede dos Três Poderes, em Brasília.

Nesta data, Lula anunciou que será realizado um ato “para lembrar a tentativa de golpe. Este ato será convocado por Lula, e pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.

Em fevereiro Dino será empossado como novo ministro do STF, assumindo o lugar de Rosa Weber. Ainda não foi confirmado quem assumirá o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“Segundo a extrema direita, [Dino] foi o primeiro comunista a assumir a Suprema Corte e eu espero que seja um comunista do bem e, sobretudo, que seja justo. Porque ali não pode prevalecer apenas a visão ideológica. Um ministro da Suprema Corte não tem que ficar dando entrevista, não tem que ficar dando palpite sobre os votos”, declarou Lula para Dino durante a reunião.

Haddad

O presidente também fez elogios ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, especialmente com a articulação política dele com Congresso. Ao longo do ano, Haddad articulou diversas vezes com parlamentares, em especial do Centrão, para conseguir aprovar medidas como a reforma tributária e o arcabouço fiscal.

Durante a reunião, Haddad garantiu um maior crescimento econômico para 2024, com uma projeção de evolução em mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Na avaliação do ministro, a economia deve deslanchar ainda mais com a aceleração da redução dos juros, defendida pelo governo e prometida pelo Banco Central.

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