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Meta está estagnada

Uma destinação ambientalmente adequada ou seja, sem o uso de lixões e dos chamados aterros controlados estava prevista no Brasil para 2014.

A meta não foi atingida e o mesmo ocorrerá com o objetivo mais recente, que seria a eliminação dessas estruturas até 2024.

O país se encontra estagnado na questão da destinação dos resíduos, mostram dois novos levantamentos da Abrema (Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente), que serão lançados nesta segunda-feira (11).

A nova edição do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, realizado pela Abrema, estima que 61,1% dos resíduos sólidos urbanos gerados aqui se trata de lixo doméstico e de pequenos estabelecimentos, considerando que grandes geradores são responsáveis pelos próprios resíduos foram para aterros sanitários em 2022, basicamente uma oscilação em relação ao número de 2021 (60,5%).

Trata-se aqui, aponta o relatório, da destinação ambientalmente adequada citada no começo do texto.

Soma-se a isso a baixíssima oferta de coleta seletiva basicamente, separar o que é reciclável porta a porta no país, que chega a somente 14,7% da população urbana.

Com isso, a estimativa é que cerca de 27,9 milhões de toneladas acabaram em lixões Brasil afora. Outros 5,3 milhões de toneladas nem coletados foram, acabando assim, logicamente, em locais inadequados para descarte, aponta o relatório.

A Abrema vê problemas na implementação de políticas públicas e na vontade política em fazer a questão avançar.

Por: Phillippe Watanabe (Folhapress)

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