Por:

Ministro quer apuração de denúncias em presídio

"O local em que é preparada a nossa alimentação tem condições inadequadas, com ratos andando por todos os cantos da cozinha e deixando rastro de urina". O trecho é de uma carta coletiva feita por detentos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba, no litoral de São Paulo.

Após tomar conhecimento da denúncia, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, determinou à ouvidoria da pasta o acionamento de entidades estaduais do setor e de autoridades locais do sistema de justiça para apurar os fatos narrados. "Pelo amor de Deus, Direitos Humanos, inclina seus ouvidos a esse grito de desespero", pediram os detentos.

Os presos reclamam das condições desumanas na unidade e citam situações como a redução extrema da quantidade da alimentação e até a oferta de comida estragada, além de negligência médica. Segundo a carta, durante um mês, os detentos receberam leite azedo e tiveram corte na salada e no suco servidos. "E [está vindo] feijão podre três ou quatro vezes por semana e arroz cru, sem nenhuma condição de comer."

Em entrevista à EBC, a mãe de um dos homens encarcerados no CDP de Caraguatatuba classificou de desumana a situação dos detentos. "Não sou contra a justiça ser feita, sou contra o abuso de autoridade", disse a mulher, que preferiu não se identificar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.