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Risco de 'seca severa' em 2024

O governo considera o El Niño de 2023 mais agressivo do o fenômeno em 1997. | Foto: Reprodução

Uma análise do governo federal aponta como altas as chances do "super El Niño" continuar a impactar o clima no Brasil em 2024. A previsão foi apresentada na quinta pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima.

O governo considera o El Niño que impactou o planeta em 2023 como mais agressivo do que em 1997.

São previstas mais secas, maior vulnerabilidade a incêndios e maior risco de desmatamento devido à degradação florestal. Segundo André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial da pasta, as queimadas reincidentes em uma região podem fazer com áreas de floresta sejam eliminadas mais rapidamente, já que não há tempo para a recuperação.

Ministério diz considerar cenário para os planos contra o desmatamento da Amazônia em 2024. Hoje, dados do Prodes apontaram que, entre janeiro e julho, houve uma redução de 42% no desmatamento da Amazônia. No cenário anual (entre agosto de 2022 e julho de 2023), a taxa é de 22,3%.

"Há uma chance de risco com certeza. El Niño é risco de preocupação, por isso estamos agindo preventivamente já para 2024. Uma coisa é você ter ação de gravidade como esta somado a ações ilegais sem que você esteja devidamente preparado e, de forma proativa, fazendo enfrentamento do problema", declarou Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima.

As temperaturas devem passar de 45° C em várias cidades nesta semana, afirma o MetSul. Assim como nas ondas vividas nos meses de setembro e outubro, uma "bolha de calor" será responsável pelas temperaturas altas previstas para os próximos dias. Também chamado de "cúpula de calor", o fenômeno é formado sob uma área de alta pressão que mantém o ar "preso" dentro dela e parado sobre uma região.

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