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MPF cobra demarcação de terra dos Munduruku

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que priorize a análise do processo referente à demarcação da Terra Indígena (TI) Sawré Muybu, localizada em Itaituba (PA).

O prazo sugerido pelo órgão é 60 dias, e o senso de urgência se deve ao tempo de espera do povo munduruku pela regularização do território, que já chega a quase 20 anos.

Entre os problemas que os munduruku enfrentam, estão os decorrentes da presença de um porto que a companhia Cargill mantém na região.

O porto, conforme já reportou anteriormente a Agência Brasil, tem piorado significativamente o acesso dos indígenas a fontes de alimento contaminado nas águas do Rio Tapajós e afluentes e consiste em um fator que está por trás da especulação imobiliária na região, já que a população cresceu de modo desordenado, com o início das atividades da empresa de commodities.

O MPF já chegou, inclusive, a cobrar do Ministério da Saúde a declaração de situação de emergência em saúde pública, mais especificamente por conta da presença de mercúrio na Bacia do Rio Tapajós, relacionado à mineração, outra adversidade que desafia as lideranças munduruku.

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