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Mortandade de botos

O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) colocou em campo uma nova operação de emergência ambiental diante de uma nova leva de mortandade de botos vermelhos -os botos cor de rosa- e tucuxis -uma espécie com menor porte-, em uma região amazônica distinta da primeira leva.

O órgão do governo federal já detectou 70 óbitos desses golfinhos de água doce na região do lago Coari, em Coari (AM), num período inferior a um mês.

O novo caso de mortes massivas de botos e tucuxis é mais uma consequência da seca extrema e histórica nessa porção da Amazônia, com chuvas esparsas, atrasadas, irregulares e em menor volume, rios com baixas nunca vistas e temperaturas elevadas, que provocam superaquecimento das águas de lagos habitados pelas espécies.

Em Tefé (AM), 154 botos e tucuxis morreram no lago Tefé entre 23 de setembro e 20 de outubro, o que também levou a uma operação de emergência ambiental por parte do ICMBio, em atuação conjunta com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

Num único dia, quando os termômetros na água da enseada de Papucu registraram 39,1ºC, morreram 70 animais. A enseada fica no lago Tefé. Rica em peixes, é um destino natural de botos e tucuxis. O agravamento da estiagem levou equipes do ICMBio e do Instituto Mamirauá a afugentarem golfinhos da enseada para poços mais profundos e frios do lago.

Tefé e Coari ficam no médio rio Solimões. A dinâmica das mortes dos golfinhos é semelhante nos lagos nas duas cidades, segundo pesquisadores e servidores envolvidos nas ações.

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