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Recorde negativo de conflitos no campo

O número de conflitos no campo registrados no primeiro semestre de 2023 foi o segundo maior dos últimos dez anos, somente superado pela quantidade ocorrida nos seis primeiros meses de 2020. Os dados são da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Ao todo, foram notificados 973 conflitos no campo em 2023, representando aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2022, quando ocorreram 900 conflitos. Em 2020, ocorreram 1.007 conflitos. Nos últimos dez anos, 2015 teve o primeiro semestre com o menor número de conflitos: 551.

Segundo a CPT, a maioria dos conflitos em 2023 foi pela terra (791), seguida pelo trabalho escravo rural (102) e conflitos pela água (80). Mais de 527 mil pessoas estiveram envolvidas em conflitos nos primeiros seis meses do ano, com queda de 2% em relação a 2022.

Em relação à categoria que sofre a violência por terra, os povos indígenas são as mais atingidas com 38,2% dos casos, seguida dos trabalhadores rurais sem terra (19,2%), posseiros (14,1%) e quilombolas (12,2%).

A CPT registrou queda no número de mortes em relação ao ano anterior: 14, em 2023, ante 29 em 2022, uma diminuição de 51,7%. Cerca de 80% dos casos ocorreram na Amazônia Legal (11), o que torna a região a mais violenta no campo brasileiro. Aproximadamente metade das mortes se deu pela contaminação por agrotóxicos.

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