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Milei consegue apoio de peso

Por Victor Lacombe (Folhapress)

Em encontro às margens da Assembleia-Geral da ONU na terça (23), o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Argentina, Javier Milei, fizeram uma reunião na qual o americano declarou seu apoio à reeleição do ultraliberal - o próximo pleito para o cargo máximo do Executivo no país é em 2027, mas no final de outubro os argentinos vão às urnas em importantes eleições legislativas.

"Eu queria me encontrar com o presidente da Argentina, nós dois queríamos nos encontrar, somos amigos", disse Trump na reunião. "Ele vem fazendo um trabalho fantástico, e eu vou fazer algo que não costumo fazer: eu vou apoiá-lo para presidente."

"Como vocês sabem, tem uma eleição chegando, e tenho certeza que ele vai se sair bem, mas agora, espero, isso será uma garantia disso", afirmou o presidente americano - não está claro se ele se referia ao pleito de 2027 ou ao do próximo mês, quando o governo Milei espera aumentar sua maioria no Congresso. "Acho que para concluir o trabalho, o excelente trabalho que ele vem fazendo, ele precisa de mais um mandato", disse Trump, que segurava uma versão impressa de uma publicação que fez em sua rede social, a Truth Social, em apoio a Milei.

Na publicação, divulgada também pelo presidente argentino no X, Trump escreveu que Milei é "um grande amigo, um lutador e um vencedor, e nunca vai decepcionar vocês". "O altamente respeitado presidente [Milei] se mostrou ser um líder fantástico para o grande povo da Argentina", disse o republicano.

"Ele herdou uma bagunça total, com inflação terrível causada pelo presidente de esquerda radical anterior, muito parecido com o corrupto Joe Biden, o PIOR presidente da história da nossa nação. [Milei] elevou a Argentina a um novo nível de importância e respeito!"

No vídeo publicado pela Casa Rosada, o Trump fala pela maior parte do tempo, com Milei dizendo, em inglês, "muito obrigado". Em determinado momento da reunião, Trump promete ajudar a Argentina com sua dívida externa.

Na segunda (22), o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que fará o possível para que Buenos Aires supere a forte escalada do dólar pela qual passa o país latino-americano.