Equador terá 2º turno polarizado entre Noboa e Luisa González

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A maratona eleitoral do Equador ao longo dos últimos quatro anos não acabou no domingo (9). Em abril, os equatorianos voltam às urnas em um polarizado segundo turno entre o atual presidente, Daniel Noboa, e Luisa González, de esquerda.

Com mais de 90% da apuração concluída, Noboa, o herdeiro do império das bananas (seu pai é um bilionário dono da empresa "Bonita Banana"), soma 44,3%. Na sequência, González, com 43,8%. A eleição contava com 16 candidatos, mas somente os dois eram expressivos. Os equatorianos também elegeram 151 legisladores.

Para a corrida pela Presidência ser decidida no primeiro turno, um dos candidatos deveria ter recebido mais da metade dos votos válidos - ou seja, 50% mais um voto - ou ao menos 40%, desde que com uma diferença de 10 pontos percentuais para o segundo colocado.

Será uma disputa que sobrepõe esses nomes. O pleito mostrará qual percepção social ganha: o recente "anti-noboismo" ou o já tradicional "anti-correísmo". O primeiro refere-se à oposição a Noboa. Já o segundo, à oposição ao padrinho político de González, o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), um dos nomes mais polarizadores do país.

Será ainda um "revival" de 2023, quando a mesma dupla disputou o segundo turno em eleições atípicas, convocadas de maneira antecipada após o então presidente Guillermo Lasso, investigado por corrupção, colocar fim a seu governo por meio de uma figura jurídica inédita, a "morte cruzada", que também dissolveu o Parlamento. Noboa ganhou daquela vez e é favorito nesta.

Por Mayara Paixão (Folhapress)