Brasil condena ato de Israel
Ataques contra a missão da ONU no Líbano mexeram com o mundo
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil condenou os ataques de Israel contra a missão de paz da ONU no Líbano, a Unifil. Ainda segundo o governo brasileiro, os ataques de Israel contra a ONU violam o direito internacional.
"O Brasil condena veementemente a invasão ontem, 13/10, de base da missão de paz da ONU no Líbano (Unifil) pelas forças armadas de Israel. Dois tanques destruíram o portão principal e invadiram uma base da Unifil, onde ficaram 45 minutos, e disparos a tiros foram realizados nas proximidades", afirmou o Itamaraty por meio de nota.
O governo brasileiro lembrou que este foi o terceiro dia de ataques israelenses contra integrantes ou instalações da Unifil desde a semana passada, ferindo cinco membros da missão de paz da ONU. "O Brasil repudia as violações sistemáticas verificadas nos últimos dias", diz o comunicado, lembrando que militares brasileiros lideraram a força marítima da Unifil entre 2011 e 2021.
"Ataques deliberados contra integrantes de missões de manutenção da paz e instalações da ONU são absolutamente inaceitáveis e constituem grave violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", completou o Itamaraty.
A nota do MRE também criticou a manifestação do governo de Israel pedindo a retirada da Unifil do sul do Líbano e o fim das hostilidades.
"A missão de paz foi estabelecida em 1978 pelo Conselho de Segurança e atua desde então na manutenção da paz e da segurança no sul do Líbano. A missão apoia o governo do Líbano na restauração de sua autoridade na área; facilita o retorno de civis deslocados; presta assistência humanitária; e busca garantir que a área não seja usada por grupos armados", finalizou o Itamaraty.
Em mensagem publicada no domingo (13) em uma rede social, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, pediu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que retire as tropas da ONU do sul do Líbano.
Na segunda (14), Netanyahu voltou a pedir a saída da Unifil da região. "A melhor maneira de garantir a segurança do pessoal da Unifil é que a Unifil atenda ao pedido de Israel e saia temporariamente do caminho do perigo", afirmou.
Por Lucas Pordeus León (Agência Brasil)
