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Eleições começam nos EUA

Por Fernanda Perrin (Folhapress)

A eleição nos Estados Unidos ocorre oficialmente daqui a duas semanas, em 5 de novembro, mas 17,8 milhões de americanos já votaram, de acordo com monitoramento feito pela Universidade da Flórida. Isso porque existe a possibilidade de votar antecipadamente ou por correio no país. O número é pouco mais da metade do observado a essa mesma altura da disputa em 2020, mas aquela eleição foi atípica em razão da Covid-19.

Uma mudança que os dados já mostram é que mais republicanos estão optando por antecipar o voto, reduzindo a vantagem de democratas nessa modalidade.

Os votos ainda não foram contados, algo que pela legislação eleitoral só pode ser feito depois do encerramento da votação no dia 5, mas é possível observar essa diferença entre partidos porque em muitos estados americanos os eleitores se registram como filiados a uma ou outra legenda.

Considerando os estados em que é possível identificar a filiação partidária do eleitor (o que corresponde a 9,1 milhão dos 17,8 milhões de votos já recebidos), 44,8% foram de democratas e 33,5% de republicanos. Os 21,8% restantes são de outras filiações ou nenhuma.

As campanhas de Kamala Harris e Donald Trump usam esses dados para analisar o engajamento de suas bases e entender onde precisam investir mais em incentivos para seus eleitores votarem — o voto não é obrigatório nos EUA.

Em uma eleição extremamente apertada e com um número extremamente pequeno de indecisos, cada lado precisa garantir o máximo de participação possível dos seus eleitores.

Michael McDonald, coordenador do monitor da Universidade da Flórida, porém, recomenda cautela na leitura dos dados. Para ele, o engajamento maior de republicanos agora, em comparação com pleitos anteriores, tem mais a ver com a popularização da preferência por antecipar o voto do que uma empolgação maior desses eleitores, disse ao Wall Street Journal.

Segundo o Pew Research Center, 246 milhões de americanos podem votar no pleito deste ano. Mas, como a participação é opcional, o número daqueles que de fato votam é sempre menor. Por isso, uma das prioridades das campanhas é levar seus eleitores às urnas.