O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (15) ser a favor de uma nova eleição na Venezuela. Questionado por um repórter na Casa Branca se ele apoiava a ideia de realizar um segundo pleito após a contestada disputa, Biden respondeu: "Eu apoio". Foi a primeira manifestação dele sobre a crise venezuelana -até então, só o Departamento de Estado e assessores haviam se manifestado.
Mais cedo, o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, tinha se recusado a comentar especificamente o pedido de novas eleições, mas reiterou as preocupações americanas sobre a conduta na votação.
A entidade eleitoral da Venezuela "ficou aquém de tomar medidas básicas de transparência e integridade e não seguiu disposições legais e regulatórias nacionais", disse Patel aos repórteres.
Patel se referiu a um relatório recente de especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas), que concordaram em que "não há precedente para um anúncio tal de resultado eleitoral sem a publicação deste tipo de detalhes e registros e, portanto, é por isso que continuamos pressionando".
Horas antes da declaração de Biden, o presidente Lula (PT) disse que não reconhecia o ditador Nicolás Maduro como vitorioso e sugeriu um governo de coalizão ou mesmo um novo pleito como saídas para a crise no país vizinho.
"Tem varias saídas, ou faz governo de coalizão, uma composição. Muita gente que não votou em mim e eu trouxe todo mundo para o governo. (...) Não quero me comportar de forma apaixonada e precipitada, quero resultados", afirmou.