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Economia chinesa preocupa

Crescimento do 2º trimestre foi de 4,7%, após 5,3% no 1º | Foto: AFP/ Folhapress

Por Nelson de Sá (Folhapress)

Depois de uma expansão anualizada de 5,3% no primeiro trimestre, a economia chinesa cresceu 4,7% no segundo, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatística.

Também nesta segunda-feira (15) foi aberta a chamada Terceira Plenária, reunião econômica do Partido Comunista, agora sob mais pressão para estimular o consumo e acelerar o crescimento.

A produção industrial continuou se ampliando em ritmo forte, de 5,3% no segundo trimestre, confirmando a aposta chinesa no aumento da oferta. Mas o ritmo de ampliação da demanda, refletido nas vendas no varejo, diminuiu para 2%.

O porta-voz do escritório de estatística disse, durante a divulgação, que os órgãos chineses têm pleno conhecimento dos desafios enfrentados, interna e externamente.

Na semana passada, o próprio primeiro-ministro Li Qiang havia adiantado que "os fatores afetando o crescimento são mais complexos do que antes", exigindo novas medidas para "alcançar os objetivos para o ano". O principal objetivo é crescer ao ritmo de 5%, definido no início de 2024.

Nesta segunda, paralelamente à divulgação do PIB, o banco americano de investimentos Goldman Sachs reduziu sua projeção do crescimento chinês de 5% para 4,9% -ao mesmo tempo em que elevou a projeção do ano que vem para 4,3%, contra os 4,2% anteriores.

Os números do PIB foram precedidos por semanas de discussão relativamente aberta entre economistas chineses, grande parte dela através da plataforma WeChat. Segundo Michael Pettis, professor de finanças da Universidade de Pequim, hoje a maioria dos consultores econômicos dos líderes chineses já vêm recomendando medidas do lado da demanda.