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Invasão de Rafah mantida

Grande parte da população de Gaza está em Rafah | Foto: Reprodução

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou ontem que há uma data estabelecida para a invasão da cidade de Rafah, o último refúgio de metade da população da Faixa de Gaza. Ele, porém, não disse quando a ação começa.

A declaração ocorreu um dia após autoridades israelenses anunciarem a redução do contingente militar no sul de Gaza um porta-voz militar disse à agência de notícias Reuters que apenas uma brigada permanecia na região. O movimento gerou especulações sobre a invasão de Rafah, que vem sendo prometida por Netanyahu a despeito de pressão da comunidade internacional.

"Hoje recebi um relatório detalhado sobre as conversas no Cairo. Estamos constantemente trabalhando para alcançar os nossos objetivos: em primeiro lugar, a libertação de todos os nossos reféns e alcançar uma vitória completa sobre o Hamas", disse Netanyahu. "Essa vitória exige a entrada em Rafah e a eliminação dos batalhões terroristas que estão lá. Isso vai acontecer. Há uma data."

Nos últimos meses, a possível incursão à cidade se tornou um ponto de tensão entre Israel e alguns de seus principais aliados, incluindo os EUA. O presidente Joe Biden falou pela primeira vez, na semana passada, em condicionar o apoio a Tel Aviv a uma mudança de postura do aliado em Gaza

Em telefonema, o americano afirmou a Bibi, como o premiê israelense é chamado, que o país precisaria adotar passos "específicos, concretos e mensuráveis" para lidar com danos a civis, sofrimento humanitário e segurança de trabalhadores humanitários em Gaza. A advertência aconteceu após um ataque de Israel a um comboio sinalizado da ONG World Central Kitchen (WCK) matar sete trabalhadores humanitários no começo da semana.

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