Após uma semana de extrema tensão entre Argentina e Colômbia, os presidentes Javier Milei e Gustavo Petro "fizeram as pazes" e divulgaram uma nota conjunta revertendo o rompimento das relações entre os dois países.
Na última quarta-feira (27), Petro, primeiro líder de esquerda de seu país, anunciou a expulsão de diplomatas argentinos em Bogotá e retirou seu embaixador em Buenos Aires após o ultraliberal argentino voltar a chamá-lo de "terrorista assassino" em uma entrevista televisiva.
Agora, ambos afirmaram que, "por instruções precisas dos presidentes de ambas as nações [...] os respectivos governos tomaram passos concretos para superar quaisquer diferenças e fortalecer essa relação".
Petro instruiu seu embaixador Camilo Romero a voltar à capital argentina e aprovou a indicação de um novo embaixador na capital colombiana. Milei, por sua vez, anunciou a visita de sua chanceler, Diana Mondino, à Colômbia.
Romero afirmou à Folha de S.Paulo que deve se reunir nesta terça em Bogotá com o chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo, "para definir tudo".
"As diásporas colombiana e argentina que residem em ambos os países, estudantes, trabalhadores, empresários e as famílias construíram essa relação e são seu principal suporte. Ambos os governos continuarão trabalhando pelo bem-estar dessas populações", afirma o comunicado.
Os dois países também "reafirmam a importância de manter boas relações e sustentam sua vontade de estreitar os laços que unem ambos os países", ressaltando que faltam poucos dias para a comemoração do 201º aniversário do início das suas relações diplomáticas.
Por: Júlia Barbon (Folhapress)