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Opositores pedem abrigo

Opositores de Nícolas Maduro não puderam se candidatar | Foto: Reprodução

A Argentina informou que abriga desde segunda-feira (25) líderes da oposição da Venezuela na residência oficial de sua embaixada em Caracas, que está sem luz, acirrando a tensão entre o governo de Javier Milei e o regime de Nicolás Maduro.

O país vive uma escalada de estresse desde aquele dia, quando o prazo para inscrição de candidaturas presidenciais se encerrou sem que a principal postulante da oposição, a professora universitária Corina Yoris, 80, fosse habilitada a se registrar, gerando pela primeira vez críticas do governo Lula.

Também naquela segunda, Maduro, ao oficializar a candidatura que pode levá-lo a ficar 18 anos no poder, subiu num palco montado em frente ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e afirmou que dois homens armados do partido opositor Vente Venezuela foram presos numa tentativa de assassiná-lo no comício.

Ele chama a força política de "terrorista" e a acusa de "ações desestabilizadoras", enquanto a legenda diz que são "acusações infundadas". O Ministério Público controlado pelo regime prendeu sete membros da legenda nos últimos dias, e expediu mandados de prisão contra outros sete. Por isso, parte deles recorreu à embaixada.

Segundo a imprensa argentina, são seis os dirigentes opositores que estão asilados na residência oficial há dois dias: Magalí Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Omar González Moreno, Humberto Villalobos e Fernando Martínez Motolla.

Meda é considerada o braço direito de María Corina Machado, que venceu as primárias da oposição em outubro passado e era favorita nas pesquisas, mas foi inabilitada para concorrer a cargos públicos por 15 anos pelo regime chavista.

Por: Júlia Barbon (Folhapress)

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