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Suspeitas sobre a Ucrânia

Em vídeo, o Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado terrorista no shopping russo | Foto: Reprodução

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu no sábado (23) o envolvimento da Ucrânia, país que invadiu em fevereiro de 2022, no atentado terrorista que matou ao menos 133 pessoas na noite da última sexta-feira em Moscou. A ação foi assumida pelo grupo Estado Islâmico.

O russo fez a primeira fala sobre a tragédia ocorrida em uma casa de espetáculos após a prisão de 11 pessoas, inclusive 4 acusadas de terem atirado contra a plateia lotada do local. Ao decretar luto oficial e expressar condolências às famílias das vítimas, ele disse que os suspeitos foram detidos enquanto rumavam "na direção da Ucrânia".

De acordo com ele, há "informações preliminares" de que pessoas esperavam os agressores para fazer a travessia na fronteira. Já o Estado Islâmico divulgou vídeo reafirmando a autoria pelo ataque, identificando os agressores e afirmando que o incidente faz parte da "guerra furiosa" entre o grupo e "os Estados que combatem o Islã".

"Nossos inimigos não vão nos dividir", disse o presidente russo na TV estatal. Ele qualificou o ataque de "bárbaro, selvagem, sangrento".

Apesar da insinuação acerca do envolvimento da Ucrânia, Putin não fez uma acusação direta ao governo de Volodimir Zelenski, dizendo que irá punir "quem quer" que esteja envolvido no atentado.

O presidente ucraniano, por sua vez, disse que o rival "esperou de forma absolutamente previsível 24 horas" para ligar o ataque a seu país. Para ele, Putin quer tirar o foco de sua responsabilidade. Nesta semana, o russo havia dito que os alertas sobre ataque terrorista iminentes emitidos pela Embaixada dos EUA em Moscou eram "chantagem" para "desestabilizar nossa sociedade".

Por: Igor Gielow (Folhapress)

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