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Ataque a hospital de Gaza

Hamas afirma que mortos eram pacientes palestinos no hospital | Foto: Reprodução

O Exército de Israel anunciou na quinta ter matado mais 50 pessoas no hospital Al-Shifa, um dos principais da Faixa de Gaza, e em seus arredores em 24 horas. Isso eleva a 140 a cifra de óbitos desde o início da operação no local, na segunda(18).

Tel Aviv diz que os mortos eram todos terroristas, repisando a acusação de que o hospital é usado como centro de comando e controle do Hamas. Foi o mesmo argumento com que justificou sua primeira e controversa invasão ao centro médico, em novembro.

O Hamas, por sua vez, nega que o local abrigue militantes do grupo, e afirma que os mortos na operação desta semana eram pacientes feridos.

Localizado na Cidade de Gaza, maior cidade da faixa, o Shifa era uma das poucas instalações de saúde que seguiam operando, ainda que parcialmente, desde o início da guerra. Quase todas as outras colapsaram por escassez de suprimentos e falta de condições de trabalho devido aos combates frequentes.

À agência Reuters, moradores locais disseram que os militares estavam explodindo casas próximas do hospital. Rabah, pai de cinco, disse que a área virou uma zona de guerra, com os residentes trancados em suas casas enquanto as ruas servem de palco para os combates.

Vídeos divulgados pelo Hamas exibem membros da facção disparando contra tanques israelenses em avenidas reduzidas a destroços.

Assim como em novembro, Israel afirmou ter encontrado infraestrutura e armamentos dentro e ao redor das instalações de saúde, e exibiu imagens de metralhadoras automáticas AK-47, granadas propelidas por foguetes, morteiros e outros itens de artilharia.

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