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Hospital de Gaza é invadido

O Exército israelense alega que o local estaria sendo usado por líderes do Hamas | Foto: Reprodução

Israel invadiu pela segunda vez desde o início da guerra contra o Hamas, em outubro, o maior hospital da Faixa de Gaza. A operação, que ocorreu durante a madrugada desta segunda, deixou 20 mortos, segundo Israel, e causou um incêndio em um dos prédios, de acordo com o grupo terrorista.

Considerado o principal hospital do território palestino até o início do conflito, o Al-Shifa é atualmente uma das poucas instalações de saúde parcialmente operacionais no norte de Gaza após quase todas as outras colapsarem por escassez de suprimentos e falta de condições de trabalho devido aos combates. Além de pacientes, o hospital abriga centenas de civis deslocados.

O Exército israelense alega que o centro de saúde estaria sendo usado por líderes do Hamas e que os soldados foram recebidos com tiros ao entrar no complexo. "As tropas responderam com fogo, e alvos foram atingidos. Nossas tropas continuam operando na área do hospital", afirmou Israel, que pediu o esvaziamento da região. O país alega que as vítimas eram combatentes armados.

Ainda de acordo com Tel Aviv, o sargento Matan Vinogradov, 20, foi morto durante a ação. A morte do militar eleva para 250 o número de baixas do Exército israelense durante o conflito.

Horas após a operação, a emissora do Qatar Al Jazeera afirmou que as forças israelenses detiveram e agrediram o correspondente Ismail al-Ghoul durante a incursão. "O Exército de ocupação agrediu severamente o correspondente da Al Jazeera Ismail al Ghoul antes de detê-lo no interior do complexo médico Al-Shifa, em Gaza", disse a rede de televisão no X. Questionado pela agência AFP, o governo de Israel ainda não havia se manifestado em relação à denúncia.

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