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O novo governo português

Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática, comemora vitória nas eleições de Portugal | Foto: Reprodução

Vencedora das eleições de domingo, a Aliança Democrática (AD), coligação dos partidos da direita tradicional lusa, deve ser convidada pelo Presidente da República para formar um novo governo em Portugal. A sustentação partidária, contudo, ainda é um desafio.

Somadas, as legendas de direita obtiveram maioria no próximo Parlamento, conquistando 59,7% das vagas já definidas. O crescimento, no entanto, foi puxado sobretudo pelo partido de ultradireita Chega, com quem as demais siglas a Iniciativa Liberal (IL), além da AD já descartaram se entender para a formação do governo.

A exclusão da terceira força política mais votada complica significativamente o arranjo do Executivo à direita. A sigla populista obteve mais de 18% dos votos e garantiu 48 deputados, quadruplicando as dimensões da atual bancada, que tinha 12 representantes.

A AD conquistou 79 deputados, enquanto os liberais elegeram 8 representantes. Sem o Chega, a direita soma 87 assentos: três a menos que a esquerda.

Ainda há quatro mandatos parlamentares em jogo a apuração dos votos dos portugueses que vivem no exterior ainda não terminou, mas os próprios partidos já contam com a continuação de um cenário político indefinido.

Em seu discurso, o líder da AD e presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, prometeu não incorporar a ultradireita.

Ao reconhecer a derrota, o líder socialista, Pedro Nuno Santos, afirmou que não iria inviabilizar um governo da AD aprovando uma moção de censura, mas deixou claro que a direita não deveria contar com os votos do Partido Socialista (PS) para governar.

Por: Giuliana Miranda (Folhapress)

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