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A fila da morte em Gaza

Israel afirmaram que a violência partiu dos palestinos | Foto: Reprodução

A facção palestina Hamas acusou as Forças de Defesa de Israel de dispararem contra centenas de civis que aguardavam em fila para receber ajuda alimentar em uma região próxima à Cidade de Gaza, a principal da faixa homônima, na quinta.

O grupo terrorista contra o qual Israel está em guerra afirmou que ao menos 112 pessoas morreram e que outras 280 ficaram feridas. Em um comunicado, acusou Israel de "uma guerra genocida" e de cometer "assassinatos em massa e uma limpeza étnica".

Porta-vozes militares de Israel afirmaram que o episódio de violência partiu dos próprios palestinos. De acordo com as Forças de Defesa, civis começaram a saquear o caminhão de ajuda e a se empurrar, deixando pessoas feridas e mortas por serem pisoteadas e atropeladas.

Depois, um pequeno grupo teria ido em direção às tropas israelenses. As Forças de Defesa dizem que teriam matado dez palestinos no momento, não os cerca de cem apontados pelo Hamas, uma vez que estariam acuadas e se vendo sob ameaça.

Após o posicionamento dos militares, um porta-voz do governo do premiê Binyamin Netanyahu chamou o episódio de uma tragédia.

"Os caminhões ficaram sobrecarregados, e as pessoas que dirigiam os caminhões, que eram motoristas civis de Gaza, avançaram sobre as multidões, matando, de acordo com o que entendi, dezenas de pessoas", disse Avi Hyman a repórteres.

O episódio teria começado durante a madrugada, quando cerca de 30 caminhões de ajuda humanitária chegaram ao bairro de Rimal, na Cidade de Gaza, para entregar suprimentos. Os militares divulgaram vídeo com imagens aéreas que dizem ser do momento das mortes. Nas cenas, é possível ver centenas de pessoas correndo para o entorno dos caminhões e subindo neles.

O diretor da emergência do hospital Al-Shifa, um dos únicos operantes em Gaza, afirmou que havia pelo menos 50 mortos, entre eles mulheres e crianças. "Morreram ao correr na direção dos caminhões de ajuda humanitária", disse Amjad Aliwa.

Também nesta quinta, o Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas disse que o número de pessoas mortas chegou a 30 mil. Acredita-se que a cifra englobe civis e membros da facção.

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