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Hospital de Gaza é cercado

Israel afirma que terroristas se abrigam em uma espécie de quartel-general | Foto: Reprodução

Militares de Israel cercaram ontem o hospital al-Shifa, o maior de Gaza e localizado em uma área considerada estratégica aos esforços de Tel Aviv para controlar o norte do território palestino. A ação motivou novas críticas às ações israelenses na guerra contra o Hamas.

Israel afirma que integrantes do grupo terrorista se abrigam em uma espécie de quartel-general construído em túneis abaixo do hospital na Cidade de Gaza, a maior da faixa homônima. Também acusa os combatentes do Hamas de usar os pacientes como escudos, o que a facção extremista nega.

Após o cerco, médicos disseram que pacientes, incluindo bebês recém-nascidos, estavam morrendo por falta de medicamentos. Os profissionais afirmam ainda que a unidade não tem mais combustível necessário para manter a energia elétrica e equipamentos hospitalares em funcionamento.

"Tanques [de Israel] estão em frente ao hospital. Estamos sob bloqueio total. É uma área totalmente civil. Apenas pacientes hospitalares, médicos e outros civis estão no hospital. Alguém deveria parar com isso", disse o cirurgião Ahmed El Mokhallalati à agência de notícias Reuters. "Bombardearam tudo. Dizemos a todos que o hospital não é mais um lugar seguro para tratamento".

Israel tem pedido aos médicos que transfiram os pacientes para outro local. Líderes das Forças Armadas dizem ainda que tentaram retirar os bebês e que deixaram 300 litros de combustível na entrada da unidade para alimentar geradores, mas que as tentativas de ajuda foram bloqueadas pelo Hamas.

Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, rebateu as acusações. Ele disse que são os ataques israelenses que "aterrorizam tanto médicos quanto civis".

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