Por:

Pausa nos bombardeios

Pausas servirão para civis se desloquem pela Faixa de Gaza | Foto: Reprodução

Após a crescente pressão internacional sobre Israel diante do desastre humanitário na Faixa de Gaza, Tel Aviv vai começar a fazer pausas diárias de quatro horas em suas operações militares ao norte da região.

O anúncio foi feito pelo coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, na quinta-feira (9). Principal aliado internacional de Tel Aviv, o governo americano também sofre com críticas internas e externas ao seu apoio à ofensiva militar contra o grupo terrorista Hamas, que, segundo autoridades palestinas, já deixaram mais de 10 mil mortos e outros milhares de feridos e deslocados.

O objetivo da pausa é dar tempo para que civis se desloquem para o sul, permitir a chegada de ajuda humanitária e a saída de reféns capturados pelo grupo terrorista. Segundo Kirby, a população será avisada com três horas de antecedência sobre o horário dessas janelas.

Questionado sobre como será esse aviso, o americano afirmou que detalhes devem ser fornecidos pelas forças israelenses. Tel Aviv ainda não se manifestou sobre a medida, mas, de acordo com a Casa Branca, haverá um pronunciamento sobre o horário da primeira pausa ainda nesta quinta. Nenhum representante de Israel participou do anúncio feito pelo governo americano.

Kirby afirmou ainda que uma segunda passagem, além de Rafah, será aberta para permitir a entrada de mais ajuda humanitária na região, e que o governo americano vem insistindo com Israel para que "minimize a morte de civis e faça tudo que eles possam fazer para reduzir esses números".

Inicialmente, Washington se opôs a qualquer possibilidade de frear as operações militares israelenses, sob a justificativa que Tel Aviv teria o direito e o dever de se defender.

Por: Fernanda Perrin (Folhapress)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.