Evento na Firjan discute os rumos da reforma tributária

Urgência da Reforma administrativa foi destaque no discurso de abertura do encontro, pelo presidente da entidade, Césio Caetano

Por CORREIO FLUMINENSE

Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan, que fez o estudo em 5,1 mil municípios brasileiros

Por Marcello Sigwalt

Ganhos, limitações e incertezas da reforma tributária. Estes foram os pontos centrais abordados por especialistas, autoridades e empresários, reunidos pela Firjan, nessa segunda-feira (23) na sede da federação, com o objetivo de discutir aspectos-chave da reforma, como a adoção do novo sistema tributário, a configuração do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e os impactos da aprovação da Emenda Constitucional 132/2023 e da Lei Complementar 214/2025.

Enquanto a primeira versa sobre a simplificação e modernização do sistema tributário nacional, especialmente na área do consumo, a segunda institui o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS); cria o Comitê Gestor do IBS e altera a legislação tributária.

Acentuando que o Brasil vai ganhar competitividade nos mercados internacionais com a reforma tributária, que ainda se encontra em transição, portanto, sujeita a ajustes, o secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda Bernard Appy, acentuou que "é importante que as empresas comecem a se preparar para a transição e pensar como o novo sistema tributário afeta o seu modelo de negócio".

Durante o evento, o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano comentou que "as novas normas representam significativo avanço na simplificação do recolhimento de tributos, um antigo pleito da nossa indústria", mas chamou a atenção para outras reformas relevantes, mas pendentes. "Precisamos seguir aprofundando as discussões sobre a eficiência do gasto público e a urgência da reforma administrativa", ressaltou.

Ao afirmar que o ambiente propício para os negócios, a infraestrutura de qualidade, o capital humano e a eficiência do Estado serão fundamentais para atrair investimentos, criar empregos e receita, o presidente da Firjan concluiu que, "como segundo maior mercado consumidor do país, o Rio pode se beneficiar da Reforma Tributária".