Incêndio em plataforma da Petrobras deixa 14 feridos

Empresa criará comissão para apurar as causas do acidente

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Empresa vai apurar as causas do incêndio na plataforma

Um incêndio numa plataforma da Petrobras teve um incêndio nesta segunda-feira (21), deixou 14 feridos, segundo a estatal. O fogo já foi debelado e os funcionários da unidade estão em segurança.

A empresa confirmou a existência de um funcionário ferido por queimaduras e que caiu no mar, mas foi resgatado.

"O trabalhador resgatado no mar se encontra em atendimento hospitalar em terra, consciente e estável. Outros 13 trabalhadores que prestam serviço para a companhia foram classificados como feridos e também estão recebendo atendimento em hospital da região", diz a nota divulgada pela Petrobras.

De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e diretor da Federacao Unica dos Petroleiros (FUP), Sergio Borges Cordeiro, 176 trabalhadores estavam a bordo da plataforma.

"O escoamento de gás foi interrompido, as comunicações da plataforma caíram e embarcações de emergência foram acionadas. O Sindipetro-NF acompanha o caso e cobra providências urgentes", escreveu Cordeiro nas redes sociais.

O incêndio ocorreu na plataforma PCH-1 (Cherne 1), na bacia de Campos, a cerca de 130 km da costa de Macaé, no Rio de Janeiro. A plataforma não produz petróleo desde 2020.

A Petrobras afirmou que "será formada uma comissão para apurar as causas do incidente".

Acidentes em 2024

As atividades de exploração e produção de petróleo no país registraram 731 acidentes em 2024, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Cento e oitenta e três pessoas ficaram feridas, sendo 78 com gravidade. Uma morte foi registrada.

Os registros são superiores aos observados em 2023, quando foram observados 718 acidentes, com um morto e 166 feridos (sendo 67 com gravidade). Os dados são do Painel Dinâmico de Incidentes em Exploração e Produção, da ANP, com base em comunicações de acidentes e relatórios de investigação cujos envios à agência passaram a ser obrigatórios a partir de 2022.

O Painel mostra que, além dos danos humanos, foram feitos despejos, no meio ambiente, de substâncias nocivas ou perigosas resultantes das atividades de exploração e produção.

De acordo com o levantamento, em 2024, foram feitos despejos, no ambiente, de 52,91 mil litros de óleo, 8,63 mil litros de fluidos sintéticos de perfuração/completação, 23,1 mil litros de aditivos desses fluidos e 21,59 mil litros de fluidos de perfuração a base de água, além de 2.955 metros cúbicos de gás natural, entre outros.

*Com informações de Victor Abdala (Agência Brasil)