À partir desta sexta (26) até domingo (28) será realizada, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, a competição de CrossFit, Copa Sur. O evento é o mais importante do segmento e dará vaga para que os vencedores possam disputar o mundial do esporte, o Nobull CrossFit Games 2023 na cidade de Madison, nos Estados Unidos.
A competição, oficial da marca CrossFit, é um dos mais esperados pelos praticantes e reúne os grandes nomes do esporte. Para a Copa Sur, pessoas de todos os cantos do Brasil e da América do Sul na disputa pelas duas vagas nas categorias masculino, feminino e de times. Porém, para conseguir chegar até a semifinal, como é classificado o evento, todos os atletas precisam passar por diversas fases eliminatórias com provas sendo feitas de maneira online. Sendo assim, a Copa Sur é a primeira fase presencial para quem quer chegar no principal evento do mundo.
O CrossFit vem sendo extremamente disseminado no Brasil, por anos foi o segundo local com mais academias de CrossFit, os chamados boxes. Atualmente o país perdeu o posto para os times europeus, mas estimasse que em número de academias ele ainda seja muito maior, uma vez que são contados apenas os boxes que possuem afiliação a marca CrossFit. Na Barra, Recreio e Jacarepaguá encontram-se um número extenso de academias de CrossFit e CrossTraining, como são chamados os não afiliados. A chegada do evento é um marco para os amantes do CrossFit na cidade.
Grandes nomes como Gui Malheiros, Agustin Richelme, Victória Campos e Julia Kato estarão na arena. A venda de ingressos online acontece somente até esta quinta-feira (25). Já os individuais, para quem deseja ir somente em um ou dois dias do evento, serão vendidos no local, a partir de sexta.
O retorno de Cerveny
Na edição do ano passado, uma notícia deixou todos tristes. Um dos nomes mais fortes, Kaique Cerveny, teve que deixar o campeonato após sentir uma antiga lesão. Agora, um ano depois, o paulista de 25 anos, que atualmente mora em Brasília, está de volta e promete colocar todo o trabalho feito na arena.
Ao Correio, o atleta contou que havia descoberto a lesão um mês antes da competição, e mesmo tentando alguns procedimentos antes, acabou optando em parar logo após a primeira prova para evitar qualquer risco à sua saúde. "O mais frustrante foi não poder entregar tudo que trabalhei na arena e para o público que estava lá".
Neste período, Kaique disse que seguiu fazendo um tratamento mais convencional na região da coluna. "Fortalecimento atrás de fortalecimento", enfatiza o competidor. Ele só foi voltar às competições neste ano, no "Wodapalooza", torneio realizado nos Estados Unidos em janeiro, mas, mesmo assim, acabou sentindo um pouco pela falta de volume de treino. "Dentro da planilha com o Bernardo Camargo, ficamos muito tempo sem levantar peso. Esperamos o corpo começar a responder de uma forma mais afetiva para podermos retornar com segurança. Trabalhei muito o endurance: natação, bike e corrida… ficamos uns quatro meses sem trabalhar força".
Além de todo o processo de retomada dos treinos, Cerveny revelou que usou este tempo também para trabalhar muito a parte de resiliência e mentalidade. "No ano passado, cheguei com muita pressão e não precisava. Desta vez, decidi deixar um processo muito mais leve, passei a viver um pouco mais, além de só estar para o esporte. Isso me deixou com uma cabeça mais tranquila, relaxado, e realmente, podendo aproveitar o processo sem pensar no resultado. Por isso, quero entregar tudo que trabalhei, o que tiver que ser, vai ser. Estou muito empolgado!".