Por Pedro Sobreiro
Um clássico que fez valer seu apelido. Em tarde de calor escaldante no Rio de Janeiro, Flamengo e Vasco disputaram um Clássico dos Milhões para mais de 62 mil torcedores.
No Maracanã, o técnico Filipe Luís optou por entrar com um time alternativo, promovendo seis alterações em relação ao time considerado titular. Ainda assim, o Rubro-Negro começou melhor e dominou os 10 minutos iniciais.
Aos 11, em um desentendimento no sistema defensivo vascaíno, Éverton Cebolinha acertou o travessão de Léo Jardim. A bola sobrou e Bruno Henrique finalizou. Jardim espalmou em vez de tentar encaixar. A bola sobrou para Jorge Carrascal, que se antecipou à zaga e marcou seu primeiro gol com a camisa do Fla.
Em seguida, o Flamengo dominou por cerca de 5 minutos, mas parou por aí. A marcação vascaína encaixou e o Gigante da Colina passou a levar perigo.
Em jogada de escanteio, Pumita Rodríguez surpreendeu a zaga flamenguista e cabeceou no cantinho de Rossi, que fez uma grande defesa.
Foi aí que entrou em cena o protagonista da partida: Rayan. Carrasco do Flamengo nas categorias de base, o camisa 77 do Vasco se lançou ao ataque, criando as jogadas mais perigosas a favor do Cruzmaltino. Até que, aos 30 minutos, Philippe Coutinho cobrou escanteio e Rayan decolou. Subindo mais alto que toda a defesa rubro-negra, a joia vascaína empatou a partida. Vasco 1, Flamengo 1. E o Vasco seguiu pressionando, mas sempre pecando nas finalizações.
No segundo tempo, Filipe Luís colocou os atacantes titulares. Com as entradas de atletas como Pedro, Arrascaeta, Luiz Araújo e Samuel Lino, o Flamengo começou melhor.
Se o primeiro tempo foi "do Vasco", o segundo foi "do Flamengo". Fernando Diniz tentou responder com as entradas de David e Matheus França, após ver o gol de Léo Jardim ser alvejado diversas vezes. Com a saída de Vegetti e Coutinho e a entrada dos atletas de mais velocidade, o Vasco correspondeu e conseguiu bons ataques nos 15 minutos finais da partida, mas não foi o bastante para conseguir a virada.
No fim, o empate não foi bom para ninguém, porque o Vasco não conseguiu se distanciar do Z4 e o Flamengo viu reduzir a vantagem sobre Palmeiras e Cruzeiro. Apesar disso, foi um jogo muito bom. Se o Flamengo sobrou na posse de bola, com 61%, o Vasco foi ofensivamente mais perigoso, tendo nove chutes a gol, sendo quatro no alvo, contra oito chutes do rival, com três no alvo.
Agora, o Flamengo se prepara para a partida de volta da Libertadores contra o Estudiantes, na Argentina, enquanto o Vasco recebe o Bahia em jogo atrasado do Brasileirão, em São Januário.