Por Igor Siqueira, Lucas Musetti Perazolli e Rodrigo Mattos (Folhapress)
O técnico Dorival Júnior está pressionado após mais duas atuações ruins da Seleção Brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026.
O QUE ACONTECEU?
A pressão subiu depois dos jogos contra Equador e Paraguai. O Brasil venceu em Curitiba, perdeu em Assunção e foi mal em ambas as partidas.
A expectativa do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, era de duas vitórias e desempenho melhor depois da eliminação nas quartas de final da Copa América.
A entidade não pensa em demitir Dorival imediatamente, mas quer jogos melhores até o fim do ano para mantê-lo em 2025. O Brasil enfrentará Chile e Peru (outubro) e Venezuela e Uruguai (novembro).
A avaliação na diretoria da CBF é que houve um período de formação do grupo em oito meses com Dorival, mas que já era hora de resultados imediatos. O Brasil é o quinto nas Eliminatórias.
Apesar da má campanha, o presidente viu a Copa América como adaptação em um tempo maior para treinar. Houve testes de jogadores para consolidar o elenco. Anteriormente, o dirigente tinha visto como bons olhos os resultados nos amistosos diante de Inglaterra e Espanha.
A questão é que o período de testes, na visão de Ednaldo, chega ao fim com as Eliminatórias. Até pela posição do Brasil, apenas o quinto.
Dorival é o segundo técnico da seleção em um período de dois anos, sendo Fernando Diniz o anterior com status de interino. Houve ainda um período com Ramon Menezes, que também foi interino.
Para o presidente da CBF, há um reconhecimento de que o ideal era ter um ciclo completo para o técnico da seleção. Mas há a lembrança de que Tite teve seis anos à frente da seleção, em duas Copas do Mundo, e não obteve os resultados esperados pela entidade.
Nas redes sociais, e dentro da própria entidade, há uma pressão para que seja chamado um técnico estrangeiro. No entanto, ainda existe uma certa resistência a essa ideia, após o vexame com Carlo Ancelotti.