Na última resposta da coletiva antes do jogo contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, o técnico da seleção brasileira, Dorival Júnior, fez uma promessa pensando no futuro:
"Estaremos na decisão da Copa do Mundo, podem acreditar. Podem me cobrar."
A frase veio depois de 34 minutos de explicações sobre o mau desempenho atual do Brasil, ponderações a respeito da fase de transição e adaptação pela qual passa a equipe, além de explicações para, enfim, recorrer a um ataque formado por Vini Jr, Rodrygo e Endrick.
"Não atingimos tecnicamente o que estamos buscando e sei que devemos, mas em questão de entrega não e deixamos tudo em campo. É questão de tempo, momento e ajustes", disse Dorival, sobre o último jogo, contra o Equador.
A presença de Endrick no ataque do Brasil é a busca por um ajuste de posicionamento ofensivo. Mais uma vez. Quem sai do time é Luiz Henrique.
"Era uma possibilidade que existia já para a primeira partida. Não aconteceu. Senti muita falta não de um homem de referência, mas um homem mais centralizado para atacar a última linha. Endrick tem essa característica, precisa se adaptar à função, mas é quem mais se aproxima dessa condição", completou o técnico do Brasil.
Dorival também comentou sobre as críticas da imprensa e dos torcedores, que afirmam que a Seleção Brasileira não vem jogando um futebol vistoso e não cativa mais o povo. E, contrariando o que a torcida quer, ele afirmou que vai priorizar resultados a 'dar espetáculo' em campo.
"Não daremos espetáculo e resultado a qualquer momento. Vai acontecer, mas demanda tempo, amadurecimento da estrutura. Vamos encontrar o caminho. Trabalho muito diferente do clube. Em clube no dia seguinte já se começa a corrigir, melhorar. Na seleção não. Acaba o jogo amanhã, dois ou três para Londres, Danilo Itália, comissão no Rio de Janeiro. Vamos ver jogos ao vivo ou na televisão. É outro trabalho. Tivemos dois dias de treinamento mesmo para jogar contra o Equador, ontem e anteontem recuperação, hoje trabalho muito leve para jogar amanhã. Tentamos aproveitar ao máximo o que nós temos. Em outro momento era diferente, hoje está tudo muito igual, distância menor entre os de cima e mais baixos. Temos que tentar entender tudo isso".