O Chelsea publicou um comunicado oficial na tarde desta quinta-feira (5) reafirmando que Roma Abramovich abriu mão da dívida de 1,6 bilhão de libras esterlinas que emprestou ao clube (cerca de R$ 10 bilhões). A nota é uma reação a especulações de que o oligarca russo teria mudado de ideia e estaria cobrando o pagamento de possíveis compradores.
"Abramovich não pediu que nenhum empréstimo seja devolvido a ele. Sugestões como esta são inteiramente falsas, assim como dizer que ele teria aumentado o valor do clube de última hora", diz o comunicado em defesa do atual dono.
"Parte do objetivo de Abramovich é encontrar um bom dono para o Chelsea, por isso ele tem encorajado cada interessado a investir em todas as partes do clube", diz o texto.
A possibilidade de o bilionário russo querer parte de seu dinheiro de volta foi publicada nesta quarta-feira (4) pelo jornal britânico The Times. A operação em questão seria um empréstimo de uma de suas empresas à empresa que controla o Chelsea. Dinheiro de um bolso para outro, portanto, mas que Abramovich supostamente gostaria de ver devolvido. Na nota desta quinta-feira, no entanto, o clube nega tudo e reforça a intenção do dono em doar o valor da venda.
As intenções de Abramovich de doar o valor da venda do Chelsea para a caridade não mudaram", diz o comunicado. "Desde o anúncio inicial, a equipe de Abramovich identificou representantes de órgãos das Nações Unidas e várias organizações não governamentais, que têm a tarefa de montar uma Fundação e criar um plano para suas atividades."
O Chelsea está à venda desde março, quando Roman Abramovich passou a ser sancionado pelo governo britânico devido a seus laços estreitos com o presidente russo Vladimir Putin. As sanções foram uma resposta à invasão russa à Ucrânia, e Abramovich foi apontado pelo Reino Unido como "possível fornecedor de matéria-prima" ao exército invasor.
Segundo o Chelsea, estas próprias sanções impedem que qualquer empréstimo feito por empresas de Abramovich seja devolvido, pois uma transação deste tipo precisaria de uma aprovação prévia do governo britânico e da União Europeia.
Isso significa que estes fundos serão congelados e sujeitos a um procedimento legal regido pelas autoridades", diz a nota do clube. "Abramovich não tem acesso ou controle destes fundos e não terá nenhum acesso ou controle após a venda."