Por Redação
Marcelo Alves, em seu programa Marketing Business, gravado nos estúdios da TVC - TV Correio da Manhã, recebeu o CEO da LRD, Leonardo Lacerda, para falar sobre a IA (Inteligência Artificial). A LRD é uma das produtoras de audiovisual com mais destaque no país. Confira a seguir:
MARCELO ALVES: Hoje eu trago Leonardo Lacerda, CEO da LRD, uma das produtoras de audiovisual mais tops do Brasil, que tem centenas de trabalhos fantásticos, que vai contar um pouquinho desse negócio que é inteligência artificial. Leo, prazer enorme te receber aqui.
LEO LACERDA: O prazer é todo meu, te acompanho há muito tempo. Sei que o programa é excepcional, muitas grandes personalidades passaram aqui nessa cadeira, então estar sentado onde muita gente grande já passou por aqui, fico lisonjeado. Obrigado pelo convite.
M.A: Você merece! Isso é fruto do teu trabalho, fruto da tua competência, da tua dedicação. Eu te conheço há muitos anos e você é altamente dedicado. Fato é que você está crescendo, está evoluindo e hoje é um dos grandes experts desse mundo da inteligência artificial. Leo, vou te chamar de Leo, por favor. O que é inteligência artificial? Que todo mundo tá aí fuçando, pesquisando, que loucura é essa?
L.L: Cara, difícil a gente achar um uma denominação pra isso, porque abrange muita coisa, muitas áreas, enfim, é bem amplo o assunto. É uma honra estar falando sobre isso aqui no seu programa.
M.A: É o primeiro, sobre esse tema.
L.L: O primeiro, e se Deus quiser de muitos, porque é um assunto que precisa ser levado em consideração. A gente vai falar muito sobre isso aqui no programa. Mas cara, é difícil a pergunta, para eu poder resumir o que que é inteligência artificial, eu diria que: seria o ser humano, primeiramente, tentando dar autonomia às máquinas para que tome decisão por elas mesmas, vamos dizer assim. Hoje em dia a gente tem... você deve utilizar.
Vários outros empresários usam que é o Chat GPT, essas inteligências artificias do dia-a-dia. A gente está avançando mais para agentes de IA, que já são tomadores de decisões mais avançados, enfim, um papo que vai tomar mais pra frente. Mas eu diria que é isso, acho que é o ser humano tentando fazer com que as máquinas tomem decisões para o próprio ser humano. Eu diria que é assim.
M.A: É uma evolução absurdamente frenética. Não é Leo? Como vem crescendo. Eu particularmente tenho usado muito, para pesquisas principalmente, não no seu ramo, mas me dá informações assim, extremamente complementares.
L.L: Cara, eu diria que é muito dinâmico, a palavra é: dinamismo, assim entre eles mesmos. Porque assim, numa semana você acha que você domina aquilo e na semana seguinte já tem uma IA nova, essa daqui atualizou, essaé melhor que aquela, o benchmark dessa que diz que vai entregar melhor resultado. Enfim, é um constante estudo, eu diria, porque cada semana que passa é uma nova, é um aprendizado que tem que ser diário. A gente tem newsletter dentro da própria empresa para poder nos fornecer informações, para nos manter atualizados, se não a gente fica pra trás, para a gente mesmo, porque tem que estar em constante aprendizado.
M.A: É muito novo, mesmo assim já é uma tendência, já é uma atualidade absurda todos os anos. Uma pergunta que me fazem muito e evidentemente a você, é claro: A IA vai acabar com muitos empregos?
L.L: Boa pergunta. Eu diria que sim. Eu não vou ser hipócrita. Eu acho que tem muita gente vendendo o peixe de que não, a IA não vai substituir o trabalho de ninguém". Eu diria que... eu vou até trazer uma análise, que é o seguinte: eu acho que vai substituir sim o trabalho de muitas pessoas, como vem já a substituindo, vou dar um caso específico, que aconteceu ontem, antes de ontem com a gente, mas acho que outros empregos vão ser formados. Então assim, a IA vai aumentar a taxa de desemprego no país? Talvez sim, mas acho que talvez não. Muitas pessoas perdem emprego, mas outras entram no lugar. Ou essas mesmas pessoas podem aprender a utilizar IA dentro do seu escopo de trabalho e não ficarem pra trás. Então é assim, gente vai vender emprego? Vai. Mas depende da pessoa se especializar, aprender sobre o que denomina daquela área que ela trabalha para não ficar pra trás, porque se não aprender entra artificial vai ficar pra trás, esse cara vai perder o emprego.
M.A: Que é uma transferência de inteligência e de conhecimento, não?
L.L: Eu diria que é muito mais do que isso. Eu diria que dizem certos pesquisadores de que a gente está passando por uma transformação maior do que foi a Revolução Industrial, lá atrás, porque a Revolução industrial, assim como a que gente está vivendo agora, ela mudou o comportamento do ser humano. A IA, ela é uma ferramenta, mas ela tem mudado a forma com que o ser humano vem construir um relacionamento, como o ser humano vem consumindo o produto.
Se a gente é capaz hoje de entregar um produto a Amazon, Mercado Livre, fazendo propaganda agora com Neymar, entregando no dia seguinte, dois dias depois, enfim, isso tudo é resultado de processos bem instruídos, dentro da corporação, tudo feito com IA. A maioria das empresas, hoje em dia, já está focada nisso. Passei por um processo agora, tem uma semana e meia, de uma palestra que a gente teve no G4 Educação, que a gente falou muito sobre IA. O Luciano Huck falando, Tales, Alfredo, entre tantos outros. Dentro desse meio falando: IA! Falando sobre a importância da IA, daí tem que usar, tem que fazer. O empresário que não tiver olhando pra isso está ficando pra trás.
M.A: É, isso me lembra muito em certos momentos que nós, eu tenho um pouco mais de idade do que você, mas nós vivemos...o empresário, enfim, o profissional, ele precisa cada vez mais se adequar a atualidade. Quer dizer, eu trabalhava isso numa época na Sony Music, que era uma das maiores gravadoras do mundo. Se não, continua sendo, mas até hoje. Mas vai acabar o CD, e de fato acabou o CD.
L.L: Mas não acabou a música.
M.A: Não acabou a música, e hoje vende muito mais música do que CD. Vai acabar a televisão, vai acabar o rádio, eu acho que tudo são complementos e o profissional tem se adequar. Se ele não se adequar fica para trás, e aí toma uma onda na cabeça que fica igual caixote no mar, fica "perdidasso".
Léo, eu queria falar um pouquinho, antes da gente voltar a esse tema maravilhoso, inteligência artificial, da tua empresa.
A LRD, e que hoje tem um braço, a Nébula, é o braço para essa questão de inteligência artificial. Mas fala um pouquinho da LRD, quer dizer, você tem seis anos no mercado, faz muito material fantástico de produção de vídeo, de conteúdos fantásticos, tem uma sensibilidade enorme. Fala um pouquinho da tua história, dos teus clientes, para que as pessoas conheçam um pouquinho da tua trajetória.
L.L: Claro! Então, pra falar um pouco sobre LRD, tenho que falar pouco sobre mim né, que sou o fundador. Tudo começa quando eu ainda estudava administração e tinha ainda a paixão do audiovisual e tal. Eu não vim dessa área desde sempre, trabalhei em uma grande farmacêutica multinacional, trabalhava com gerenciamento de projetos, lançamento de novos produtos. Mas eu tinha ali aquela coisa com câmera, com audiovisual, sempre foi uma paixão. E aí em 2018, quando eu me formei na faculdade, estava trilhando um caminho legal dentro da empresa, e falei com meus pais: eu vou largar tudo e vou viver de fotografia. Meus pais conservadores, só dá certo quem é engenheiro, advogado e médico. Meu irmão, quando eu falei isso, cara, foi um baque, mas segui meu caminho e aí fui fazer uma especialização que acho que é um grande diferencial também, que eu fui para NYC Film Academy, fui estudar cinema lá fora para não ser mais um também e tudo mais. Então abri uma empresa consolidada, com nome e tal. Então eu voltei de Nova York em 2019 e abri a LRD. LRD, para quem não sabe, acham que são três fundadores, Leonardo, Ricardo e Douglas, ou coisa do tipo, mas não, é só abreviação de consoante de Leonardo. Assim, muitas pessoas no início da carreira, por exemplo, começaram a mandar um freelances no lugar... Mas cadê o...É Lacerda Filmes? Leonardo Filmes? Eu vou botar LRD porque já sabe que não vai ser eu que vou estar lá mais de frente de produção. Mas aí virou LRD, e LRD, por eu ter vindo do corporativo, a gente cresceu muito dentro da área corporativa, então hoje a gente já atende L'Oréal, GSK, Haleon, Cimed, foi muito para farmacêutica, porque eu vim ali, então a gerência daqui leva pra lá, gosta do trabalho.
M.A: Então já tem o conceito.
L.L: É a gente entende por vir de lançamentos de produtos daquela área, então conhecia bastante sobre isso e eu atendi grandes agências como: Dream Factory, V3A, entre outros. Então fomos também seguindo para o campo ali do lado dos eventos. A ativação de marca. Essa semana agora a gente estava no Fifa Fun Fest, cobrindo para a Centrum.
M.A: Que legal!
L.L: Rock in Rio, a gente sempre cobre algumas marcas também.
A gente está sempre mais voltado pro corporativo, eu diria que hoje 80% da minha receita é corporativo. Então são vídeos institucionais, animação 2D e 3D, tudo que a parte do marketing, tudo que uma empresa precisa ali internamente
e 20% a mais para publicidade, campanhas pra redes sociais, ativações de marca em eventos e por aí vai.
M.A: Qual o contato pra quem quiser?
L.L: Quem quiser pode achar no Instagram com @lrd.ag ou em seu próprio site lrd.com.br. Tem minhas redes sociais também, Léo Lacerda, o meu nome é simples de achar lá ela vai me achar e lá gente pode manter contato.
M.A: Olha, eu sou extremamente crítico com fornecedor e com profissionais. Quer dizer, eu já fiz alguns trabalhos com o Leonardo, é uma dedicação e um profissionalismo absurdo. Ele é extremamente cuidadoso, criterioso, chato no detalhe.
L.L: Isso é essencial.
M.A: E realmente o resultado final é esplêndido. Tem uma sensibilidade em edição que realmente faz com que o produto final dele se torne sucesso sempre. Então, me dá muito prazer trazer você aqui, porque eu gosto de, evidentemente, levar o meu público, ao público do nosso mercado, grandes profissionais, expoente como você, que é novo, e cada vez mais aí, trabalhando, fazendo acontecer, e agora, nesse rumo, nessa loucura que é inteligência artificial. E a nébula, o que é isso?
L.L: Cara! É engraçado contar sobre isso, porque a gente tem que estar atento ao mercado. Você está abrindo uma produtora dentro da produtora? Porque eu digo até que é LRD AG, porque a gente é agência e produtora, a gente faz mais do que uma produtora, a gente pensa na idealização do projeto, vários clientes chegam na gente assim: Leo, a gente vai lançar o produto tal, tal, tal. O que você acha que tem que fazer? Você tem uma agência você paga um fee absurdo aí para o cara pensar e eu executo. Não, a gente gosta de você, do seu pensamento, da sua empresa e tal. Então por isso a gente se denomina como uma agência, mas sempre dentro do audiovisual. Mas a Nébula, ela veio por uma necessidade nossa até, porque o mercado está mudando, a gente acabou de falar sobre isso e eu perdi um trabalho pra inteligência artificial. E eu falei: cara, opa, eu perdi um cliente, na verdade eu perdi um cliente, eu perdi aquele trabalho para a IA. Se eu não me aliar isso eu vou ficar pra trás. Se não eu oferecer esse serviço também, eu vou ficar para trás. Então o que que eu fiz? Eu abri uma produtora lá dentro especializada só para inteligência artificial. Vamos aprender isso e aprender de verdade. Tanto que a nébula, se vocês forem procurar nas redes sociais, ela vai ser lançada agora em julho, a gente está seis meses estudando, como a gente tem a facilidade, de já estar com grandes clientes. Então reuniões com L'oreal, reuniões com GSK, reuniões com Centrum, Sensodyne. Mas a Nébula já nasce no mercado com grandes players, com um grande portfólio, então eu preparei ela seis meses treinando funcionário. Poxa cara, dá trabalho, não é só lançar para ver se dá certo. Eu quero lançar pra ser algo que já deu certo, sabe? Então a Nébula veio pra isso, vai.
M.A: Ela é focada nisso.
L.L: 100% inteligência artificial.
M.A: Olha, isso é interessante. Eu por coincidência, até como uma curiosidade, eu me encontrei num restaurante semana passada, com um profissional muito conhecido, não vou dizer evidentemente o nome, mas já tem uma certa idade e sempre trabalhou no teu ramo de audiovisual. Ele é muito incomodado e ver como estão as coisas, no Rio de Janeiro está muito complicado. Está tudo em São Paulo, no Rio de Janeiro a produção de audiovisual caiu muito. E eu falei evidentemente, tem que se adequar ao mundo moderno, ao mundo atual, porque senão a onda passa. E isso me reforça muito na tua fala. E eu sai desse rápido papo com ele. Falei: quem não se atualiza, que não vê oportunidades no mundo hoje atual, fica pra trás. Quer dizer, você vê aí a quantidade de geração de produtos de conteúdos para internet. Quer dizer, mudou! Antigamente eram grandes produtoras comerciais, hoje o mundo mudou. Hoje há um volume de necessidade de conteúdo. Não é Leo?
L.L: Dinamismo, velocidade.
M.A: Tem que se adequar!
L.L: E preço.
M.A: E preço. Não faltou trabalho, não faltou trabalho, falta entendimento. Quem tem entendimento nesse negócio, hoje, nesse mundo moderno, tá trabalhando sem parar.
L.L: É o caso da Nébula, nesse caso que eu te falei porque eu perdi um trabalho. Então para a gente foi um baque. Caraca, se a gente não se atualizar, não pensar em criar a empresa que vai destruir a minha empresa. Né?
M.A: E é verdade, você teve um olhar de empreendedor, criativo. Como é que eu vou me inteirar novamente nesse mercado que está surgindo, de uma forma absurdamente rápida?
L.L: E ai falando sobre essa questão do dinamismo, da entrega e de preço que a gente falou, que é o que a IA está produzindo isso muito para...enfim, eu estou falando de audiovisual aqui, mas é para você que é empresário, para a área financeira, para área corporativa, área de atendimento, área de gestão, RH, tudo tem uma entrega específica de IA. Você tem empresas hoje que trabalham com IA para RH? Você tem empresas de IA que trabalham para a financeira. Como otimizar, como gerar dados, gerar análises, o que você precisar tem hoje em dia empresas voltadas para aquele segmento. A gente falando sobre inteligência artificial em gestão de conteúdo, eu vou dar um caso que eu estava falando aqui agora a pouco que aconteceu agora, antes de ontem, cliente chegou para a gente e falou assim: olha, amanhã tem jogo do Botafogo no Mundial de Clubes e a gente tem que lançar alguma coisa assim, dá uma ideia. Eu falei: Cara, vamos usar IA? Ele falou: será que vai conseguir? Criei uns negócios rápidos, umas imagens interessantes.
M.A: Alimentou.
L.L: Só estiguei. Olha que legal! Isso no sábado, o Botafogo joga hoje que é segunda-feira. Leo faz o seguinte: vamos montar um vídeo de 15 a 20 segundos que o Botafogo vai fazer assim, chegando em Los Angeles, Centrum está acontecendo assim. Beleza! Antigamente, antes da IA, que é o pulo do gato, eu precisaria de um profissional especializado em Blender ou Cinema 4D, que são ferramentas mais propícias para isso. Eu pagaria em média ali de 15 a 20 mil reais para um profissional desse fazer esse trabalho e precisaria de mais ou menos quatro a cinco dias para ele fazer isso.
M.A: Editando, colhendo imagem.
L.L: Pegar o produto, modelar ele, pegar o estádio e modelar, torcida, bandeirinha, dá trabalho pra caceta, enfim. Não, e vou fazer com IA testa aqui, testa ali, eu tenho fluxo para você seguir e tudo mais. A gente entregou um vídeo de 20 segundos no domingo.
M.A: Que loucura! Em um dia?
L.L: Em um dia, começou no domingo, a gente entregou em horas, questão de 7 a 8 horas. O Cliente falou: Tá muito maneiro!
M.A: E é fidedigno, né?
L.L: Fidedigno.
M.A: E mais barato.
L.L: E mais barato.
M.A: Eu sou da época ainda de estúdios grandiosos, contratação de elenco, cenografia, iluminação. É claro que isso não vai acabar, evidentemente, mas tem o seu momento. Você me disse uma coisa muito interessante: Marcelo, hoje eu peço e vem tudo pronto. Quer dizer, eu quero uma pessoa assim, com roupa assado ou num cenário assim, com uma luz assim. Vem pronto! É isso, Leo?
L.L: É isso, é isso. A gente vende nosso pitch de vendas. O que a gente entrega para o cliente, não só a questão de tempo, mas também questão de custo. Então eu vou trazer coisas que são da minha área de propriedade para falar sobre isso, que é: antigamente a gente ia para um estúdio para fazer um comercial pra uma marca de cosméticos e a gente gastava na faixa de cinquenta, setenta, oitenta(mil reais) e por aí vai. Você tinha que alugar estúdio, uma diária de montagem de teste de iluminação, modelo, maquiagem, catering, gerador, tudo que você possa imaginar. A entrega era limitada, você tem ali um dia para gravar com aquela modelo, etc. Então eu pegava um contrato, entregava um vídeo de um minuto e algumas pílulas, cinco pílulas de quinze a vinte segundos e menos de vinte fotos. Hoje eu falo o seguinte: lembra daqueles sessenta mil? A gente faz por vinte(mil) e você não está limitado a um vídeo de um minuto e cinco pílulas de quinze segundos, eu vou te entregar dez vídeos de um minuto e cinquenta de 15 segundos.
M.A: Que loucura!
L.L: As fotos que antes de eu tinha dez ou quinze fotos, vou te entregar cem. Então você conseguiu diminuir custo e aumentar a entrega para o cliente. A gente fechou tem um mês e meio para um cliente também nosso, da área de cosméticos que a gente criou uma base de imagens pra ele. Exatamente isso. A gente chegou e disse: a modelo vai ser uma loira, uma morena, uma negra, uma de cabelo azul, enfim, uma base pra usar o produto no banheiro, na sala, no vaso, sei lá onde. Criamos uma base pra ele de duzentas fotos, para eles usarem nas redes sociais, em campanhas outdoor, online, offline, o que ele quiser. E está lá, banco de dados do cliente sem precisar contratar nenhuma modelo, sem precisar pagar nenhum estúdio, pagou um quinto do valor que precisava e IA.
M.A: Hoje o mundo tá muito rápido e quem não se adequar e quem não entender, vai ficar pra trás e onda passa literalmente.
Leo, queria falar um pouquinho sobre campanhas. Você me pontuou algumas campanhas, Coca-Cola, Heinz, enfim, algumas campanhas que usaram bastante a inteligência artificial. Fala um pouquinho sobre isso, como é que isso vem sendo usado em marketing, vendas, enfim, pra que esse nosso público entenda ainda mais dessa ferramenta para usar nas suas campanhas.
L.L: É, eu acho que é uma tendência, pegando o gancho anterior, relacionada a tempo e custo. Então as grandes empresas já estão vendo isso, porque corte de custo, enfim, esse cenário mundial, nacional, etc. Então assim, as grandes corporações já estão vendo isso, os menores também, os medianos, enfim, todo mundo está vendo isso. Então assim, a campanha da coca cola de Natal agora em 2024 foi feita cem por cento com inteligência artificial.
M.A: E eram comerciais caríssimos!
L.L: E eu acho engraçado um ponto sobre isso é que assim, hoje a gente tá em junho, julho. Se a própria Coca-Cola quisesse fazer o mesmo comercial, ela faria dez vezes melhor. Lembra daquele papo que eu falei? Na semana seguinte já melhorou, já não tem mais a imperfeição, já avançou de certa forma que aquele comercial da Coca-Cola já seria até um comercial melhor. Tem uma brasileira chamada "Cartão de Crédito Will, uma amarelinha. O grande diferencial hoje de usar IA é que, além de você produzir com IA, você vira notícia por ter feito com IA.
M.A: Aquele comercial da Maria Rita com a mãe Elis Regina
L.L: Foi ano passado.
M.A: Foi da Volkswagen
L.L: Ela viralizou, claro, pela entrega sensacional, de você consegue visualizar aquilo de uma forma extraordinária, emocionante. Saiu em diversos sites e matérias: A Volkswagen usou IA. Então o fato de você usar IA, hoje em dia, ainda tem esse boom.
Mas falando da campanha da Will que eu estava te falando é o seguinte: eles tinham usado o Will Smith para poder falar.
M.A: Eu lembro disso, maravilhoso! Falou em português, maravilhoso!
L.L: Era a voz do Will Smith falando em português.
Sabe em quanto tempo você faz isso hoje? Se usa multiplataformas, Eleven Lab, Fisheye, entre outras, em quinze minutos você faz. Não a campanha, mas a tradução da voz dele utilizando a voz dele em português, russo, em espanhol, escolhe. Você quer o comercial dele em que língua? Eu te entrego!
Sim, é sensacional. Isso aí abre o leque para muita criatividade. E voltando ao assunto sobre substituir mão de obra humana, que vai perder emprego e tal. Lembra que eu falei também que muitos novos empregos vão surgir. Não só novos emprego, mas novas pessoas vão ser inseridas no ambiente de trabalho. Então vou dar um exemplo concreto que eu tenho de um funcionário meu, que ele era Uber, só que ele era muito criativo. Conheci através de amigos e tal e tinha vontade de trabalhar com audiovisual. Eu falei: cara, toma aqui o curso! A Gente tem vários cursos lá. O cara me entregou coisas sensacionais, está contratado. Eu acabei de contratar um cara que era Uber, não tinha a menor ambição de trabalhar com audiovisual há um ano atrás. Hoje em dia ele ganha mais do ganhava antes, trabalhando com audiovisual. Então assim, vai abrir possibilidades de outras pessoas de outras áreas serem inseridas.
M.A: Sem dúvidas! Tem que estar atento, fecha uma janela e abrem duas portas, é assim funciona.
L.L: Mas um ponto importante, Marcelo, é que assim, ainda mais a gente que está trabalhando em cima disso, a IA vai substituir alguns empregos e etc, mas precisa do ser humano.
M.A: Sem dúvida!
L.L: Não tem como fazer qualquer coisa com inteligência artificial por ela mesma. Tem que ter um ser humano por trás. O vídeo da Centrum, que eu te expliquei, que a gente fez ontem é tentativa e erro. Tem que ter criatividade, tem que ter o tato, tem que entender de textura de imagem, tem que entender de dimensão, de composição de imagem. Você tem que ter uma noção ali do ser humano por trás da máquina pra dar os comandos corretos.
M.A: Esse é o segredo?
L.L: Esse é o segredo! É um profissional que hoje já existe, esse cargo no mercado, que é o engenheiro de prompt, é o coordenador de prompt. Prompt é comando, dar comando para a máquina executar determinada função.
M.A: Se comandar errado, vai vir errado.
L.L: Vai vir errado errado, é tentativa e erro. Um cara bom, um cara que estudou, que sabe...
M.A: Otimiza!
L.L: Mais rápido, é mais assertivo.
M.A: Sensacional!
Bem, em relação a atendimento ao cliente, você pontuou isso muito no teu briefing e eu queria também voltar. Existem, enfim, a Mastercard, Delta Airlines, Bank of America, Spotify. Como é que a inteligência artificial, ela tem entrado muito no atendimento ao cliente? A gente vem observando muito, demais esse tema nas grandes empresas. Então, eu estava até agora pouco, numa reunião, falando de shopping center, quer dizer, está mudando, quer dizer, o mercado está se adequando, o shopping center está virando vitrines.
L.L: Experiência de marca!
M.A: Experiência de marca. Essa é a palavra: experiência. Você vai experimentar, vai vivenciar, vai se encantar e vai comprar pelo telefone. É fato.
L.L: Louis Vuitton, entre outras grandes marcas lá fora, tem café dentro e meia dúzia de bolsas.
M.A: Você quer viver aquele mundo, a experiência, enfim. E aí você vai fazer parte daquele mundo, usufruindo, comprando, degustando marcas. Quer dizer, como a gente fala sempre muito no marketing, é uma degustação, você está degustando, seja a marca, seja um produto. E ai você compra.
Como é que você está vendo essa questão de atendimento ao cliente com inteligência artificial?
L.L: Bom, não é novidade pra todo mundo. Todo mundo deve saber, já que há um tempo, a gente tem o chatbot. Você quer resolver uma coisa na Light. Você entra no chat deles, aí fica aquela coisa, uma para isso e dois para aquilo, a gente quer falar com alguém o tempo inteiro. Então eu vou dar um caso específico da inteligência artificial para atendimento, que é assim: o que IA conseguiu fazer dentro desse atendimento? Um passo a mais! Então, torna um pouco mais humano esse atendimento e tomador de decisão, além do um para isso ou aquilo ele vai só te dando o caminho, mas chega num determinado ponto que você diz assim: cara eu preciso falar com ser humano, eu preciso falar com alguém para explicar exatamente o que tá acontecendo, para poder resolver exatamente o que eu preciso. Então hoje em dia você acha que está falando como ser humano, mas não é. É a voz. Como você fala com Chat GPT hoje, você consegue conversar com ele por voz, vai e te ouve, você fala, ele te responde tá, etc. Mas hoje isso já é uma realidade com atendimento, você acha que está falando com o ser humano, é tudo feito por robô. Não tem mais um ser humano ali por trás. É a voz, o raciocínio. É procurar soluções dentro da complexidade do problema do cliente que um robô está fazendo. Isso especificamente para atendimento.
M.A: Leo, eu assisti há um tempo recente, evidentemente, e até uma apresentação da TV Globo, que eu fiquei muito impressionado com as novas tecnologias que serão usadas, já que a gente está no tema atual do campeonato Mundial de Clubes, numa transmissão. Eu fiquei impressionado. A gente que tem um pouquinho de idade e mais, adora esse mundo tecnológico da televisão, principalmente, está vendo um jogo, você vê diversas câmeras. E que a câmera vai estar no jogador que você quer ver, a camisa que você quer comprar, vai clicar ali e vai comprar. Mil ferramentas, certamente inteligência artificial, para te gerar experiências personalizadas naquela experiência de assistir um jogo de futebol. Como é que você tá vendo isso, Cara? Que barato, não?
L.L: Cara, isso, a forma de se comunicar, desde transmissão, um programa, etc. Ela já vem mudando há um tempo. Essa questão de personalização e individualização, eu diria também.
M.A: Realmente é muito ativo, muito dinâmico, né? E isso que nos faz cada vez mais sair da caixa, quer dizer, cada vez mais a gente procurar novos caminhos para encantar, para o consumidor viver aquela experiência. Eu acho que tudo tem o seu papel. Vai acabar isso? Não, não vai acabar nada, vai se complementar e tudo se complementa para um bem maior, que é a grande emoção. Eu falo isso muito aqui no programa, Leo: onde não tem emoção, não tem venda. Não adianta você ter um belíssimo produto, mas se você não está comunicando com emoção, não está tocando no coração daquele teu consumidor, não vai vender, seja qual for a ferramenta que ele vai usar para cativar, para encantar aquele negócio, aquela venda.
Leo, eu queria falar um pouquinho da tua história agora, porque a gente tem a preocupação de levar esse programa também para os novos profissionais, os estudantes, nessa garotada que está nas universidades, nas faculdades de comunicação, entendendo "o que eu vou ser da vida". E você é muito novo, e você já é um homem de sucesso, um profissional de sucesso. Qual é a dica que você deixa para esse profissional que quer se espelhar na tua experiência, na tua vivência para amanhã ter um currículo e um histórico que você tem?
L.L: Obrigado! Mas pra você que está de casa assistindo e quer seguir um caminho dentro do audiovisual, especificamente, estude inteligência artificial.(risos)
M.A: Seja craque nisso, né!?
L.L: Seja craque nisso. Mas acho que, brincadeiras a parte, claro, tem essa questão técnica, vamos dizer assim de estudar inteligência artificial que é o grande boom do momento, revolução e tal. Mas eu diria que seja parceiro, parceiro dos seus fornecedores, parceiro dos seus clientes. A gente diz que a gente veste a nossa camisa, mas visto o casaco do cliente, tá por cima. Porque se a gente conseguiu então em três, quatro anos, transitar entre grande corporações, são pessoas que que que exigem muito, querem coisa fina, coisa boa. É um atendimento bem feito, é vestir a camisa do cliente, entender qual é a dor dele, é deixar mesmo que quanto mais robô robótico e tem ficado com IA, mas também trazer cada vez mais senso de ser humano por trás disso. É tentar conectar as duas extremidades, não ser cem por cento, robô, robótico, número, zero e um. É trazer os dois os dois juntos, sabe juntar as duas coisas, proporcionar para o seu cliente uma experiência com um fornecedor agradável também. Saber que ele pode contar com você, Saber dar um "não" na hora certa, um "sim" na hora certa. Acabei de falar aqui agora pouco, pra poder chegar a abrir uma produtora de IA, eu oferecia coisa de graça para o cliente. Precisava fazer isso?
Então assim, seja parceiro do seu cliente. Acho que isso é um grande pilar que trouxe a LRD até hoje, ser o que ela é, e construir o que construiu. Acho que foi isso.
M.A: É porque é muito novo! Poucos entendem tecnicamente e evidentemente como você bem falou, é tão rápido que hoje está aqui e amanhã tem dez outras versões melhores. Então, se você não tiver nesse mundo querendo entender, você não vai conseguir usufruir. Quer dizer, você não vai conseguir usar as ferramentas através de um técnico que está aí vivenciando, respirando, pesquisando vinte quatro horas para oferecer resultados nessa ferramenta maravilhosa.
Leo gente está chegando ao nosso tempo limite, mas eu quero que você deixasse aqui uma mensagem para esse público que consome resultado, evidentemente, e que está engatinhando na inteligência artificial e quer muito, cada vez mais nadar, vamos dizer assim, com essa ferramenta. Qual é a mensagem que você deixa para esse público para você ser ainda mais útil para esse mundo que está crescendo cada vez mais?
L.L: Eu acho que a palavra é estudo. Como é muito novo, tanto pra gente que vive estudando. Então assim, eu vou tentar ser breve nessa história para ser contada, que vai ser fundamental.
A gente conversa com muitos empresários e eles falam: a gente usa Chat GPT! Ai eu falo: como você usa o chat GPT? Ele responde: eu pergunto pra ele um negócio e ele me responde. Eu falo: é um grão de areia dentro de uma praia. É muito mais profundo que isso. A gente começa a primeira vez ali por telefone. Aí ele começou a contar que pode fazer o que não pode fazer.
Então assim, estude! Porque com o estudo, você entendendo mais sobre o que é que a capacidade de entrega disso, o trabalho fica mais e consigo vender mais. Tanto que tem muitas pessoas que buscam a gente não só pelo audiovisual, querem entender como funciona a IA. É Chat GPT, Gemini, Deep Seek Então eu digo para você que está em casa, comece pelo Chat GPT. Estude, veja funciona, veja um tutorial, veja no Youtube, manda mensagem pra gente, a gente te ajuda.
Enfim, mas hoje vou dar um spoiler que vem se falando muito, que é o próximo passo. A gente está falando de Chat GPT, Gemini, Deep Seek, que são essas que a gente conversa do dia a dia. O próximo é Manus, que são os agentes de inteligência artificial que vão ser muito aplicáveis nessa questão do trabalho ali e tal.
Então comece a estudar um pouco esse que eu falei é o tal do Manus. Eu acho que é o grande spoiler que eu posso dar, porque é um passo a mais no Chat GPT. E mais uma vez: é muito mais do que vocês acham que sabem, então estudem, porque é muito importante.
M.A: Olha, de fato é a atualidade. E quem quer ganhar tempo, já que o Leo já vem estudando há muito tempo e está se tornando cada vez mais um expert nessa ferramenta que tem vários braços da inteligência artificial. Não deixe de fazer um contato, eu recomendo porque eu sei da capacidade dele, da competência dele e dessa otimização que vai fazer a tua empresa ganhar não só resultado, mas em tempo, em custo, com essa nova empresa que é a Nébula que já nasceu um sucesso, eu não tenho dúvidas disso.
Queria te agradecer. É um tempo limitado, mas eu acho que a gente conseguiu passar tudo aquilo que a gente gostaria, até porque que é muito grande, isso até um outro programa. Mas eu queria trazer não só o Leo para vocês conhecerem, mas fundamentalmente falar um pouquinho desse dessa ferramenta que está aí em tudo que é lugar que é a inteligência artificial. Leonardo muito obrigado.
L.L: Eu que agradeço, Marcelo.