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MTur sugere remarcação de viagens ao Rio Grande do Sul

Rua próxima ao Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS) | Foto: Max Peixoto/DiaEsportivo/Folhapress

O Ministério do Turismo (MTur) anunciou, através de seu site, que sugere que visitas programadas ao estado do Rio Grande do Sul não devem ser canceladas, e sim reagendadas para outra data. A iniciativa, segundo a pasta, é uma campanha do governo federal diante da calamidade climática que atinge a região Sul do país.

Para regulamentar os pacotes turísticos já vendidos ao estado, o MTur está elaborando uma Medida Provisória no sentido de assegurar todos os direitos dos consumidores e, assim, garantir no futuro uma viagem segura e tranquila àqueles que desejam conhecer as belezas do Rio Grande do Sul.

Nos esforços para ajudar o setor turístico gaúcho a, quando possível, reconstruir os seus atrativos, o MTur fez um aporte de R$ 100 milhões do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) ao estado. Os recursos proporcionam a concessão de financiamentos a empreendedores turísticos privados afetados pelas fortes chuvas.

O apoio do MTur envolve uma série de benefícios, como a suspensão, por até seis meses, do pagamento pelo crédito. Podem acessar a linha estabelecimentos registrados no Cadastur, a exemplo de restaurantes, cafeterias, bares e similares; centros ou locais destinados a convenções e/ou a feiras e a exposições e similares; parques temáticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento e lazer; marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva.

Ponto de coleta

O Ministério do Turismo virou um dos pontos de coleta de doações para as vítimas das enchentes no estado do Rio Grande do Sul.

De acordo com informações da pasta, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, quem puder colaborar com água potável, alimentos não perecíveis, colchonetes, fraldas descartáveis (infantis e geriátricas), vestuário, agasalho, roupas de cama e banho em bom estado, poderá entregar sua contribuição no Bloco U da Esplanada dos Ministério.

O Ministro do Turismo, Celso Sabino, ressaltou que o momento é de união de forças para amenizar o sofrimento da população e salvar vidas. "Está chegando um inverno rigoroso no Rio Grande do Sul e a nossa solidariedade será muito importante! O cobertor que aquecerá nosso irmão gaúcho poderá ser o que você doou, então, não deixem de trazer sua contribuição. Estamos, aqui, no Bloco U e vamos fazer a sua doação chegar ao Rio Grande do Sul", enfatizou o ministro.

R$ 100 milhões

Na última semana, o MTur liberou um aporte de R$ 100 milhões, via Fungetur, para ajudar os empreendedores turísticos da região.

A portaria, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, também facilita condições de financiamentos por meio do Fundo Geral de Turismo (Novo Fungetur) a empreendedores turísticos afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

As regras do texto, que oficializa um aporte de R$ 100 milhões do Fungetur ao estado, se aplicam a novas operações e àquelas já contratadas, envolvendo medidas como a suspensão, por até seis meses, do pagamento pelo crédito.

Os interessados em acessar o Fundo, operado com verbas do Ministério do Turismo e que contempla preferencialmente micro, pequenas e médias empresas, devem estar inscritos no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos).

A relação de beneficiários inclui meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos.

O Fungetur é operado no Rio Grande do Sul por agentes financeiros credenciados como a Agência de Fomento do Estado (Badesul), entre outros.

O Fundo permite obter financiamentos até R$ 15 milhões, com juros de até 5% de spread mais o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado nos últimos 12 meses. Para acessar o Fungetur, basta procurar uma das instituições financeiras habilitadas, às quais cabe analisar os pedidos e liberar os recursos.

 

Voos da malha emergencial já chegam ao interior do estado

Voos regionais retomados têm como destino Santa Maria, Uruguaiana e Caxias (RS) | Foto: Esquadrão Pampa/Divulgação

Novos voos extras da malha aérea emergencial para o interior do Rio Grande do Sul começaram a operar nesta segunda-feira (13). O aeroporto de Porto Alegre está fechado em consequência das fortes chuvas que atingem o estado desde 29 de abril e provocaram 147 mortes e estragos em centenas de municípios, até o momento.

Os voos regionais retomados têm como destino Santa Maria, Uruguaiana e Caxias. No sábado (11), três companhias aéreas brasileiras (Gol, Latam e Azul) já operaram voos para os municípios gaúchos de Passo Fundo, Santo Ângelo e Caxias do Sul.

De acordo com o boletim da Defesa Civil do estado que atualiza os serviços de infraestrutura, divulgado nesta segunda-feira (13), os aeroportos administrados pelo governo do estado que operam normalmente são os de Canela, Capão da Canoa, Carazinho, Erechim, Passo Fundo, Rio Grande, Santo Ângelo e Torres. Os aeroportos municipais em funcionamento são os de Santa Cruz do Sul e de Caxias do Sul. A operação deste último, porém, varia conforme as condições climáticas e, por isso, a situação tem sido constantemente atualizada. Já os terminais concedidos à iniciativa privada, administrados pela CCR Aeroportos, que estão em operação são os de Bagé, Pelotas e Uruguaiana.

O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, permanece fechado por tempo indeterminado por questões de segurança porque a pista de pouso, o terminal de passageiros e as salas de embarque ficaram totalmente alagados.

Trechos previstos

Estes são os primeiros voos extras da malha aérea emergencial de 116 voos criada para atender a população que deseja deixar o estado ou acessar as cidades gaúchas. A ampliação da oferta de voos foi anunciada na última quinta-feira (9) pelo Ministério de Portos e Aeroportos, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas e companhias aéreas.

Em nota, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, informou que se reunirá com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para discutir a questão da malha aérea do estado e novas medidas emergenciais. "Estamos vendo os primeiros voos extras chegando ao interior do Rio Grande do Sul, garantindo, com isso, o direito de ir e vir da população neste momento delicado", diz em nota.

Pelo plano emergencial, na primeira fase do total de 116 voos semanais, são 88 estão previstos em sete municípios no Rio Grande do Sul e 28, em três cidades catarinenses.

Confira os trechos da malha aérea emergencial: Aeroporto de Caxias do Sul (RS) | 25 voos semanais; Aeroporto de Santo Ângelo (RS) | 2 voos semanais; Aeroporto de Passo Fundo (RS) | 16 voos semanais; Aeroporto de Pelotas (RS) | 5 voos semanais; Aeroporto de Santa Maria (RS) | 2 voos semanais; Aeroporto de Uruguaiana (RS) | 3 voos semanais; Base aérea de Canoas (RS) | 35 voos semanais; Aeroporto de Florianópolis (SC) | 21 voos semanais; Aeroporto de Jaguaruna (SC) | 7 voos semanais; Aeroporto de Chapecó (SC) | aumento de capacidade da aeronave.

Com informações de Daniella Almeida (Agência Brasil)

Maior navio de guerra da AL chega ao estado do RS

O NAM Atlântico da Marinha, o maior navio de guerra da América Latina, chegou neste fim de semana ao Rio Grande do Sul, levando toneladas de donativos.

Navio chegou ao Rio Grande, no sul do estado, no último sábado (11), transportando 154 toneladas de donativos, 2,9 toneladas de medicamentos e 1.350 militares para apoiar a população atingida pela calamidade. Além do NAM (sigla para Navio-Aeródromo Multipropósito), também foram enviados oito navios e um comboio de veículos anfíbios, que podem transitar na água e na terra.

O NAM foi construído na década de 1990, na Inglaterra. Embarcação foi incorporada à Marinha do Brasil em 2018, quando recebeu o nome de Porta-Helicópteros Multipropósito "Atlântico".

Já em novembro de 2020, foi reclassificada como "Navio-Aeródromo Multipropósito", devido a sua capacidade de operar com aeronaves remotamente pilotadas.

O navio tem 203 metros de comprimento, sua velocidade máxima mantida é de 18 nós (33 km/h) e o raio de ação é de 8 mil milhas náuticas (14,8 mil quilômetros).

Embarcação, que é um porta-helicópteros, tem capacidade para transportar 18 aeronaves de asa rotativa -podendo ter, simultaneamente, até sete aeronaves em seu convés de voo. Este NAM pode utilizar todos os tipos de helicópteros pertencentes aos esquadrões da Marinha. Já no porão de carga, a capacidade é de 40 veículos. Além disso, possui quatro lanchas de desembarque anfíbio.

Times unidos para arrecadar doações

Os clubes do futebol brasileiro se uniram para arrecadar doações para a população do Rio Grande do Sul. Equipes do Brasileirão estão empenhadas em ajudar as vítimas. As ações viriam entre leilões de camisas, pontos de arrecadação de doações e divulgação de entidades que estão trabalhando no RS. Confira algumas das iniciativas: ATLÉTICO MG - Quase 37 mil pessoas lotaram a Arena MRV neste sábado (11) para acompanhar o treino aberto do Atlético-MG para arrecadar doações para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. Foram arrecadados R$ 666.090,00; FORTALEZA - Antes da bola rolar no jogo contra o Botafogo no domingo (12), os jogadores do Fortaleza entraram em campo realizando uma ação em apoio às vítimas. No uniforme, a chave pix da CUFA Brasil também foi estampada para arrecadar doações; PALMEIRAS - O avião particular da presidente Leila Pereira, do Palmeiras, foi carregado com 2,5 toneladas de doações. A aeronave voltará com animais resgatados e poderá fazer outras viagens. O Palmeiras anunciou que doará toda a renda líquida da partida contra o Athletico-PR, realizada no domingo (12); CORINTHIANS - O Parque São Jorge e a Neo Química Arena tiveram pontos de coleta. Além disso, as camisas usadas pelo time no confronto contra o Flamengo serão leiloadas para angariar recursos aos gaúchos; FLAMENGO - Na partida contra o Corinthians, o Flamengo trocou seu patrocínio master na camisa por uma chave pix de ajuda o Rio Grande do Sul.