por Guilherme Cosenza
A luta das gigantes da tecnologia está a cada dia mais acirrada. Afinal de contas, o mundo vem assistindo atentamente o crescimento de cada uma delas que parecem não ter limites para investir, seja para novas jogadas ou para conseguir ultrapassar a rival. Como resultado disso, o lucro das gigantes tecnológicas é cada vez maior. Uma amostra disso são os novos números da Amazon frente a seu desempenho nas ações. Depois de anunciar um aporte bilionário para empresa rival do ChatGPT, a Anthropic, a Amazon conseguiu estabelecer um novo recorde de suas ações na bolsa e se juntou a outras gigantes do setor como o Meta, Microsoft e Nvidia. Os papéis da Amazon computaram um aumento de 1,7%, em Nova York, na última quinta-feira (11), indo aos US$ 189,05 e superando seu recorde anterior, de US$ 186,57, estabelecido em julho de 2021, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Com esse feito, a Amazon finalmente conseguiu chegar no patamar de suas rivais, ela era até o momento a única que não havia atingido recorde histórico, na recuperação do valor de mercado no pós-pandemia. Dessa forma, a empresa conseguiu se recuperar após a queda de mais da metade de seu valor à medida que as compras onlines acabaram ficando mais enfraquecidas no período pós pandêmico. Com a falta de clientes consumindo via web como outrora, a Amazon Web Services, que estava alavancando a empresa no período onde os serviços online eram mais utilizados, acabou sofrendo uma forte queda e seus lucros desaceleraram, com isso, ela acabou sendo a única das cinco maiores empresas a não conseguir bater o recorde nos últimos meses.
Como medida de retomada, a Amazon reestruturou seus negócios com o foco maior em otimizar suas operações para tentar trazer de volta seus investidores. Ao que tudo indica, o plano deu certo, já que a Amazon conseguiu ter de volta seus lucros impulsionados e conquista de volta os acionistas da empresa.
Analistas com visões mais positivas
Outro ponto que deve ser analisado para esse crescimento e o recorde da Amazon está no fato de atualmente o mercado estar se tornando mais positivos em relação ao negócio de varejo da empresa. Alinhado a isso, as ações da empresa que demonstram um interesse grande em investir no futuro da própri companhia, vem aquecendo a vontade dos acionistas de estarem juntos da Amazon nesse momento.
O analista da Morgan Stanley, Brian Nowak, disse para o site de economia Infomoney, que a perspectiva de lucros no varejo está aumentando, com isso a confiança na capacidade da gigante do e-commerce de entregar uma rentabilidade mais forte e fluxo de caixa livre nos próximos anos. O próximo catalisador para as ações provavelmente será a divulgação dos lucros do primeiro trimestre da Amazon, esperada para o final de abril.
Analistas da TD Cowen liderados por John Blackledge veem as medidas de corte de custos da empresa como um novo foco para impulsionar os resultados do primeiro trimestre.
